Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 807
Dois britânicos do Palestine Action foram hospitalizados após semanas em greve de fome, intensificando os alertas de que os encarcerados sob a custódia do Estado britânico enfrentam um risco iminente de morte.
Ativistas do Palestine Action são hospitalizados no cárcere
Dois prisioneiros britânicos ligados ao grupo Palestine Action foram hospitalizados em 22 de dezembro após semanas em greve de fome, intensificando os alertas de familiares, médicos e apoiadores de que detidos sob custódia do Estado britânico enfrentam um risco iminente de morte.
Amu Gib, 30 anos, detido na prisão HMP Bronzefield, em Surrey, foi transferido para um hospital ao chegar ao 50º dia de sua greve de fome, tendo, segundo relatos, precisado de uma cadeira de rodas antes da transferência.
Kamran Ahmed, 28 anos, detido na prisão de Pentonville, em Londres, foi hospitalizado mais cedo, no 42º dia da greve, com sua irmã afirmando que ele perdeu peso rapidamente e agora enfrenta um sério risco de falência de órgãos.
Os dois estão entre oito prisioneiros do Palestine Action que foram internados desde o início da greve de fome coordenada em 2 de novembro, conhecida como Dia de Balfour.
O coletivo Prisoners for Palestine afirmou que os detidos protestam o que descrevem como processos politicamente motivados ligados à oposição ao apoio do Reino Unido a Israel, apesar de a opinião pública britânica sobre Israel ter se deteriorado acentuadamente desde o início do genocídio em Gaza, em 2023.
“Eles estão sob custódia do Estado, e qualquer dano que lhes aconteça é um resultado deliberado da negligência do governo e da politização de sua detenção”, afirmou o grupo.
Em uma coletiva de imprensa no sul de Londres, em 18 de dezembro, o médico emergencista e professor da University College London, Dr. James Smith, alertou que as condições dos detidos haviam se deteriorado drasticamente, afirmando que “os grevistas da fome estão morrendo”, citando relatos de monitoramento médico inadequado dentro das prisões, onde os detidos necessitam de cuidados contínuos em nível hospitalar.
Mais de 200 membros da Associação Médica Britânica (British Medical Association) soaram o alarme, enquanto quase 900 profissionais de saúde assinaram uma carta pedindo ao secretário da Justiça, David Lammy, ao secretário da Saúde, Wes Streeting, a autoridades do NHS e às autoridades prisionais que intervenham imediatamente.
Advogados que representam os detidos – em sua maioria com idades entre 20 e 31 anos – afirmam que seis permanecem ativamente em greve de fome, enquanto dois foram forçados a interrompê-la devido a graves complicações médicas.
Vários prisioneiros estão presos preventivamente, aguardando julgamento, enfrentando acusações relacionadas a supostas invasões ou danos criminosos realizados em nome do Palestine Action antes de o grupo ter sido proibido sob a legislação antiterrorismo do Reino Unido.
As famílias dizem que funcionários das prisões trataram os detidos como terroristas condenados, apesar de estarem em prisão preventiva.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Nas últimas 48 horas, chegaram aos hospitais da Faixa de Gaza 13 mártires, sendo 6 novos e 7 recuperados dos escombros, além de 20 feridos.
Ainda há várias vítimas sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e da defesa civil continuam impossibilitadas de chegar até elas até o momento.
Desde o cessar-fogo (11 de outubro de 2025):
- Total de mártires: 401
- Total de feridos: 1.108
- Total de corpos recuperados: 641
O número total de vítimas da agressão israelense aumentou para 70.925 mártires e 171.185 feridos desde 7 de outubro de 2023.