Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 788
Governo egípcio nega ter coordenado com Israel a reabertura da passagem de Rafah após anúncio da ocupação. Egito afirma que qualquer acordo exigirá abertura em ambos os sentidos, conforme plano dos EUA.
Egito nega coordenação com Israel na reabertura da fronteira de Rafah
O Serviço de Informação do Estado do Egito negou estar coordenando com Israel um acordo para reabrir a passagem fronteiriça de Rafah, conforme Tel Aviv anunciou em um comunicado em 3 de dezembro.
“Se um acordo for alcançado para abrir a passagem, será em ambas as direções, para entrada e saída da Faixa de Gaza, de acordo com o plano do presidente dos EUA, Donald Trump”, disse o Serviço de Informação do Estado em um comunicado publicado pela mídia estatal.
Mais cedo, na quarta-feira, o Coordenador das Atividades do Governo nos Territórios (COGAT) de Israel anunciou que Tel Aviv reabrirá a passagem de Rafah nos próximos dias para a saída de palestinos de Gaza para o Egito.
O COGAT acrescentou que a medida está “de acordo com o acordo de cessar-fogo e as diretrizes da liderança política”.
Também afirmou que os palestinos poderão deixar Gaza pela passagem de Rafah em coordenação com o Egito, após aprovação de segurança por parte de Israel e sob supervisão de uma delegação da UE.
Um funcionário israelense, em conversa com a AP, disse que palestinos que desejarem deixar Gaza poderão fazê-lo pela passagem se o Egito concordar em recebê-los, acrescentando que a passagem não será aberta para quem desejar retornar ao território sitiado.
Israel vem se recusando a abrir a passagem de Rafah, violando o acordo de cessar-fogo alcançado em outubro. Anteriormente, havia dito que só o faria quando o Hamas cumprisse sua parte do acordo.
Tel Aviv continua acusando o movimento de resistência de reter os corpos de cativos falecidos, apesar dos amplos esforços do Hamas para localizar seus restos mortais e entregá-los à Cruz Vermelha.
O Hamas entregou um corpo à Cruz Vermelha na tarde de quarta-feira. Se for confirmado que se trata de um cativo falecido, isso significará que apenas mais um corpo de cativo morto permanece em Gaza.
Desde o início do cessar-fogo, Israel mantém fortes restrições à quantidade de ajuda que entra em Gaza.
No início do mês passado, Tel Aviv havia permitido a entrada de apenas 28% da ajuda que deveria ingressar no território como parte do acordo.
Israel matou mais de 350 palestinos e feriu mais de 900 desde que o “plano de paz” do presidente dos EUA, Donald Trump, entrou em vigor.
Grupos de resistência palestinos classificaram o plano como uma tentativa de formar uma “nova ocupação” em Gaza.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Nas últimas 24 horas, chegaram aos hospitais da Faixa de Gaza 9 mártires recuperados dos escombros e 1 ferido.
Ainda há várias vítimas sob os escombros e nas ruas, para as quais as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem chegar até o momento.
Desde o cessar-fogo (11 de outubro de 2025):
• Total de mártires: 356
• Total de feridos: 909
• Total de corpos recuperados: 616
O número total de vítimas da agressão israelense aumentou para 70.112 mártires e 170.986 feridos desde 7 de outubro de 2023.