Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 785

Milei lança "Acordos Isaac" para expandir influência israelense na América Latina

O presidente argentino Javier Milei formalizou os "Acordos Isaac" em 29 de novembro, iniciativa destinada a ampliar a cooperação política, econômica e cultural entre Israel e a América Latina. O anúncio ocorreu após reunião com o chanceler israelense Gideon Sa'ar, em visita a Buenos Aires como parte de uma turnê diplomática regional.

Inspirados nos "Acordos de Abraão" – que normalizaram relações entre Israel e países árabes –, os novos acordos contam com parceria de Washington. Milei afirmou que a Argentina atuará como "pioneira" junto aos EUA para promover a nova estrutura de cooperação com O ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, elogiou o amor de Milei pelo judaísmo e por Israel como "sincero, poderoso e comovente".

Antes do início da reunião, Milei recitou o "Shehecheyanu", uma bênção judaica tradicional, e colocou um quipá na cabeça.

"Quando o presidente me viu colocar o quipá na cabeça para fazer a bênção, ele imediatamente colocou na própria cabeça o quipá que guarda em seu escritório", escreveu Saar.

Após sua eleição, Milei "transformou a Argentina de uma crítica de Israel em um de seus apoiadores mais firmes", de acordo com o Times of Israel, incluindo o anúncio de planos para transferir sua embaixada para a Jerusalém ocupada.

Embora Milei tenha sido criado como católico, ele afirmou que se converterá ao judaísmo depois de deixar o cargo.

Autoridades argentinas disseram que possíveis projetos conjuntos com Israel nas áreas de tecnologia, segurança e desenvolvimento econômico já estão sob consideração.

O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Pablo Quirno, está programado para viajar a Israel em fevereiro para conversas adicionais para avançar a iniciativa.

Desde que assumiu o poder, Milei abriu a economia argentina para exploração por investidores estrangeiros, inclusive expulsando tribos Mapuche de suas terras na região sul da Patagônia.

Corporações estrangeiras com grandes investimentos na Patagônia argentina incluem a empresa israelense Mekorot, a empresa italiana Benetton e empresas de investimento dos Emirados Árabes Unidos, entre outras. países como Uruguai, Panamá e Costa Rica.

FPLP: Fechamento do espaço aéreo venezuelano é "terrorismo de Estado organizado"

A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) condena veementemente a declaração do presidente norte-americano Donald Trump, que considera o espaço aéreo sobre e próximo à Venezuela como "fechado", classificando esta medida como uma nova etapa de agressão e uma escalada do terrorismo de Estado organizado, representando uma violação flagrante do direito internacional e da Carta das Nações Unidas.

A transformação do Caribe em um campo de operações militares trará sérias repercussões para todos os países da região, ameaçando sua estabilidade e segurança e aumentando o risco de explosão de tensões.

A Venezuela é um Estado independente e plenamente soberano, e nenhum ator externo tem o direito de impor um bloqueio aéreo, ameaçar sua segurança ou interferir em sua navegação. A justificativa propagada pelo governo norte-americano não passa de um pretexto para uma ampla escalada militar, visando a Venezuela e todas as vozes livres que se opõem ao imperialismo norte-americano e suas políticas agressivas no continente.

O objetivo central dessa escalada é submeter o povo venezuelano, destituir sua liderança legítima, liderada pelo presidente progressista Nicolás Maduro, e abrir caminho para a usurpação das riquezas petrolíferas do país. Esse ataque está diretamente ligado às posições corajosas e genuínas da Venezuela, especialmente sua firme oposição às políticas imperialistas e sionistas, sua rejeição à guerra de extermínio contra o povo palestino e qualquer envolvimento norte-americano direto nessa guerra de agressão.

A FPLP reafirma sua total solidariedade ao resiliente povo venezuelano e ressalta que as pressões militares e políticas dos EUA não abalarão sua vontade nem seu compromisso com seus direitos e dignidade.

Conclama-se uma ação internacional urgente por parte de governos, organizações internacionais e forças globais livres, para enfrentar essa ameaça norte-americana explícita à soberania de um Estado independente, condenar essas políticas agressivas contra a Venezuela e seu povo, e continuar pressionando pelo fim de todos os bloqueios e ameaças aos espaços aéreo e territorial venezuelanos.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Nas últimas 24 horas, chegaram aos hospitais da Faixa de Gaza 3 mártires (2 novos mártires e 1 corpo resgatado).

Várias vítimas ainda permanecem sob os escombros e nas ruas, pois as equipes de resgate e defesa civil não conseguem alcançá-las até o momento.

Desde o cessar-fogo (11 de outubro de 2025):

·         Total de Mártires: 356

·         Total de Feridos: 908

·         Corpos resgatados: 607

O número total de vítimas da agressão israelense desde 7 de outubro de 2023 chegou a 70.103 mártires e 170.985 feridos.