Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 778

O ataque promovido pela ocupação ao subúrbio sul de Beirute da continuidade a uma longa série de crimes contra o Líbano, o que mostra claramente que se tratou de um ato de terrorismo de Estado organizado e cuidadosamente planejado.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 778
Reprodução: The Cradle

Ocupação comete massacre em ataque a subúrbio no sul de Beirute

Aeronaves de guerra israelenses bombardearam um prédio no subúrbio sul de Beirute em 23 de novembro, matando pelo menos cinco pessoas em uma escalada maciça que se segue a semanas de ameaças e ataques crescentes.

Outras 25 pessoas ficaram feridas, de acordo com o balanço inicial.

Imagens nas redes sociais mostraram destruição em grande escala ao redor do prédio atingido após o último massacre.

Os mísseis israelenses atingiram o quarto e o quinto andares de um prédio de dez andares na rua Al-Arid, no bairro de Haret Hreik, nos subúrbios de Beirute.

O exército israelense disse que “realizou um ataque direcionado a um importante agente terrorista da organização Hezbollah em Beirute”, acrescentando que mais detalhes serão divulgados.

 “Atacamos o chefe do Estado-Maior do Hezbollah, que liderava suas operações de armamento”, disse o gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

A mídia hebraica informou que o alvo do ataque foi Haitham al-Tabtabai, um importante líder militar do Hezbollah que supostamente atuava como chefe do Estado-Maior do grupo.

“Ele foi eliminado depois que Israel percebeu que ele não era um fator restritivo na organização, mas, pelo contrário, uma figura que impulsionava o Hezbollah a se fortalecer e realizar novas ações contra Israel. Tabatabai, número 2 do Hezbollah (depois do secretário-geral Naim Qassem) e chefe de gabinete de facto da organização, era um dos comandantes mais graduados do Hezbollah nos últimos anos", afirmou o correspondente militar da Rádio do Exército Israelita, Doron Kadosh.

O site Israel Hayom informou que Israel avisou os EUA antes do ataque. Um funcionário americano citado pelo site de notícias hebraico Walla disse que Washington só foi informado depois que o ataque foi feito.

O presidente libanês Joseph Aoun condenou o ataque aéreo israelense em um comunicado.

Aoun disse que o novo ataque é “mais uma prova de que Israel não se importa com os repetidos apelos para que pare com sua agressão contra o Líbano e se recusa a implementar as resoluções internacionais e todos os esforços e iniciativas propostos para pôr fim à escalada”.

O presidente também pediu a intervenção imediata da comunidade internacional para impedir as violações de Israel.

O deputado do Hezbollah, Ali Ammar, que visitou o local do ataque, disse que “a agressão israelense tem atingido todo o Líbano desde o acordo de cessar-fogo patrocinado por Washington. Cada ataque ao Líbano é uma violação da linha vermelha, e essa agressão está enraizada em uma entidade que tem como alvo a dignidade, a soberania e a segurança dos cidadãos do Líbano”.

“A resistência está agindo com os mais altos níveis de sabedoria e paciência, e determinará o momento certo para enfrentar esse inimigo. Estamos em uma batalha abrangente com o inimigo, e nosso momento para o confronto é diferente do inimigo — escolheremos o momento que for mais conveniente para nós”, acrescentou Ammar.

Israel intensificou significativamente suas violações diárias do cessar-fogo no Líbano nos últimos dois meses. Tel Aviv alega que o Hezbollah está reconstruindo rapidamente suas forças e fez ameaças apoiadas pelos EUA de iniciar uma nova guerra contra o Líbano.

O Hezbollah se recusou a entregar suas armas. Ele afirma que está disposto a discutir a entrega de suas armas ao exército libanês como parte de uma estratégia de defesa nacional. Ainda assim, se recusa a realizar tais negociações até que Israel retire suas tropas do sul e pare com suas violações e ataques diários, que mataram pelo menos 38 pessoas somente em novembro e mais de 300 desde o ano passado.

FPLP: Ataque a Beirute é escalada promovida por EUA e Israel

A Frente Popular para a Libertação da Palestina condena veementemente o ataque traiçoeiro que teve como alvo os subúrbios ao sul de Beirute na tarde de domingo, afirmando que representa uma violação flagrante da soberania libanesa e uma escalada perigosa com o objetivo de arrastar a região para um confronto abrangente e aberto.

A agressão traiçoeira teve como alvo áreas civis densamente povoadas, dando continuidade a uma longa série de ataques e crimes contra o Líbano, o que mostra claramente que se tratou de um ato de terrorismo de Estado organizado e cuidadosamente planejado. Foi realizado em total coordenação entre os Estados Unidos e Israel, numa clara tentativa de impor novas regras de combate ao Líbano e à região pela força, através do ataque direto à resistência e à soberania do Líbano.

Afirma-se total solidariedade com o povo libanês e seu direito inalienável de defender sua soberania e território, e enfatiza seu apoio inabalável à resistência libanesa como a fortaleza inexpugnável que garante a proteção da soberania libanesa.

O sangue dos mártires e os sacrifícios da resistência continuarão a ser uma fonte fundamental de força que aprofunda a unidade, a firmeza e a coesão do povo libanês face a esta escalada americano-israelita, e derrotará qualquer tentativa de impor um fato consumado pela força.

 Esses crimes sionistas só aumentarão a coesão e a firmeza do povo libanês, e a unidade da decisão libanesa e a adesão à resistência continuarão sendo uma garantia de soberania, um pilar de dignidade e uma fortaleza inexpugnável que protege o Líbano. Eles são necessários para enfrentar a agressão de quaisquer planos que afetem sua estabilidade e soberania diante de projetos de subjugação e hegemonia.

Expressa-se as sinceras condolências e solidariedade às famílias dos mártires, desejando uma rápida recuperação aos feridos e afirmando que a vontade de resistir e a resistência permanecerão mais fortes do que a máquina de morte e terror sionista e americana.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Nas últimas 24 horas, chegaram aos hospitais da Faixa de Gaza 23 mártires (21 novos mártires e 2 corpos resgatados) e 83 feridos.

Várias vítimas ainda permanecem sob os escombros e nas ruas, pois as equipes de resgate e defesa civil não conseguem alcançá-las até o momento.

Desde o cessar-fogo (11 de outubro de 2025):

·         Total de Mártires: 339

·         Total de Feridos: 871

·         Corpos resgatados: 574

O número total de vítimas da agressão israelense desde 7 de outubro de 2023 chegou a 69.756 mártires e 170.946 feridos.