Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 770

Ocupação usa inverno como arma de guerra em Gaza, onde famílias deslocadas enfrentam inundações, frio e risco de morte em tendas destruídas, em meio a políticas sistemáticas que impedem a entrada de ajuda.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 770
Reprodução: Redes Sociais

FPLP: Ocupação usa o frio como arma em Gaza

A Faixa de Gaza enfrenta uma grave crise humanitária como resultado da primeira tempestade de inverno, que acrescentou um novo desastre à série de profundos sofrimentos e deslocamentos contínuos. As tendas das pessoas deslocadas foram inundadas e milhares de famílias foram deslocadas sob um cerco sufocante, devido à política contínua da ocupação de impedir sistematicamente a entrada de tendas e equipamentos de socorro, o que constitui mais um capítulo do genocídio em curso que vem sendo perpetrado contra nosso povo há mais de dois anos. A cada gota de chuva que cai sobre Gaza, revela-se a extensão do crime em curso contra um povo sitiado que resiste ao frio, à fome, à morte e ao cerco com uma vontade inquebrantável

A inundação das tendas das pessoas deslocadas, resultado das chuvas torrenciais que varreram grandes áreas da Faixa, é uma consequência direta das políticas da ocupação, que impedem a reconstrução, obstruem a entrada de bens de primeira necessidade e recusam a entrada de milhares de tendas e caravanas urgentemente necessárias aos deslocados.

A ocupação e o governo dos EUA por trás dela são diretamente responsáveis pelo sofrimento das famílias que perderam tudo o que possuíam, cujas tendas esfarrapadas estão expostas à chuva e ao vento e cujos filhos carecem da proteção mais básica contra o frio do inverno. A Frente também apela às partes que garantem o acordo de cessar-fogo para que tomem medidas urgentes e imediatas para pressionar a ocupação a pôr fim ao cerco e abrir as passagens para permitir a entrada de ajuda e socorro urgentes.

Salienta-se a solidariedade social na Faixa de Gaza, unindo os esforços de indivíduos, organizações, instituições e municípios para aliviar o sofrimento das famílias mais vulneráveis, especialmente os pobres, os órfãos e as pessoas deslocadas em áreas baixas inundadas pela água da chuva.

Há a necessidade de expandir as iniciativas comunitárias e organizar campanhas para proteger as tendas e encontrar soluções alternativas de alojamento temporário, além de coordenar os esforços locais para drenar as áreas afetadas e limitar os deslizamentos de terra, e pressionar os organismos internacionais a garantir casas prontas e abrigos seguros antes que a situação piore com a chegada de novos sistemas de baixa pressão.

O que está acontecendo hoje em Gaza não pode ser adiado ou postergado; a vida de centenas de milhares de pessoas está em risco, e salvá-las é uma responsabilidade humanitária, legal e política.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Várias vítimas ainda permanecem sob os escombros e nas ruas, pois as equipes de resgate e defesa civil não conseguem alcançá-las até o momento.

Desde o cessar-fogo (11 de outubro de 2025):

·         Total de Mártires: 260

·         Total de Feridos: 632

·         Corpos resgatados: 533

O número total de vítimas da agressão israelense desde 7 de outubro de 2023 chegou a 69.187 mártires e 170.703 feridos.

Hoje foram recebidos 15 corpos de mártires libertados pela ocupação israelense, elevando para 330 o total de corpos entregues até o momento.