Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 763

Israel anunciou isenção fiscal por dois anos para novos colonos e residentes retornando em 2026, numa tentativa de conter o êxodo da ocupação e atrair profissionais diante do aumento da emigração e da crise interna.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 763
Reprodução: Jack Guez / AFP

Ocupação anuncia incentivo fiscal contra êxodo de colonos

Israel concederá aos novos imigrantes e residentes retornando ao país em 2026 uma isenção de imposto de renda por dois anos, anunciou o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, em 6 de novembro.

“Esta é uma revolução sionista e econômica”, disse Smotrich durante uma cerimônia nos escritórios da Nefesh B’Nefesh, uma organização de imigração apoiada pelo Estado. “Vale a pena ser um novo imigrante.”

A medida faz parte do orçamento estatal de Israel para 2026 e tem como objetivo atrair profissionais, investidores e empreendedores em um momento que autoridades descrevem como de “aumento do antissemitismo no exterior e mudanças nas políticas tributárias em países ocidentais.”

De acordo com o Ministério das Finanças de Israel, novos imigrantes e residentes retornando que tenham vivido no exterior por pelo menos 10 anos não pagarão imposto de renda em 2026 e 2027.

As alíquotas subirão para 10% em 2028, 20% em 2029 e 30% em 2030, até o teto de um milhão de shekels (cerca de US$ 305 mil) por ano.

O plano amplia incentivos já existentes, que incluem uma isenção de 10 anos sobre rendimentos no exterior e diversos créditos fiscais.

“Trata-se de um processo baseado em dados que visa garantir a melhor integração possível dos novos imigrantes e contribuir para o crescimento econômico”, afirmou o ministro da Imigração e Absorção, Ofir Sofer.

Smotrich e Sofer vêm promovendo uma série de iniciativas semelhantes, incluindo um programa de 170 milhões de shekels (US$ 52 milhões) para acelerar o licenciamento profissional e uma parceria do governo com empresas privadas para garantir empregos aos imigrantes assim que chegarem.

Autoridades argumentam que a imigração se tornou uma necessidade econômica. Avichai Kahana, diretor-geral do Ministério da Imigração, afirmou que cada shekel investido em imigrantes gera quatro em retorno.

Dados do ministério indicam que 54 mil novos imigrantes chegaram desde o início do genocídio de Israel em Gaza; contudo, dados do governo mostram um êxodo simultâneo e sem precedentes de cidadãos.

Segundo um relatório do Ynet, Israel perdeu um saldo líquido de 145.900 residentes entre 2020 e 2024, com 49 mil saindo e apenas 12.100 retornando nos primeiros oito meses de 2024.

O membro do Knesset Gilad Kariv descreveu o êxodo como “um tsunami”, alertando que isso “ameaça a resiliência da sociedade israelense.”

Kariv culpou o governo por “fraturar a sociedade israelense antes da guerra e negligenciar a frente civil”, classificando a emigração em massa como “uma ameaça estratégica real.”

O Centro de Pesquisa e Informação do Knesset observou que oito em cada dez israelenses no exterior não têm intenção de retornar, refletindo uma profunda desilusão após anos de instabilidade política e guerra.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Nas últimas 72 horas, chegaram aos hospitais da Faixa de Gaza 10 mártires (sendo 1 novo mártir e 9 corpos recuperados) e 6 feridos.

Ainda há várias vítimas sob os escombros e nas ruas, pois as equipes de resgate e defesa civil não conseguem alcançá-las até o momento.

Desde o cessar-fogo (11 de outubro de 2025):

• Total de mártires: 241

• Total de feridos: 614

• Total de corpos recuperados: 522

O número total de vítimas da agressão israelense aumentou para 69.169 mártires e 170.685 feridos desde 7 de outubro de 2023.

Observação: Foram adicionados 284 mártires à estatística acumulada de mártires, cujos dados foram concluídos e aprovados pelo Comitê Governamental de Aprovação de Mártires no período de 31/10 a 07/11.