Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 762
Hamas e Autoridade Palestina firmaram um acordo para criar um comitê temporário, liderado por um ministro da AP, que supervisionará fronteiras e segurança em Gaza em meio ao futuro incerto na região.
Hamas e Autoridade Palestina conversam sobre a administração de Gaza
Um quadro relevante do Hamas declarou em 4 de novembro que o grupo de resistência chegou a um acordo com a Autoridade Palestina (AP) para a formação de um comitê temporário encarregado de administrar Gaza em nome de Ramallah.
As responsabilidades do comitê incluirão supervisionar as passagens de fronteira e as forças de segurança em Gaza, disse o líder do Hamas, Mousa Abu Marzouk, à Al Jazeera. Ele acrescentou que o comitê será chefiado por um ministro da AP. Ele não esclareceu se Washington aprovou essa medida.
Abu Marzouk acrescentou que Tel Aviv está se recusando a permitir que forças da ONU operem em áreas controladas pelo Hamas em Gaza, o que contraria o projeto de proposta que os Estados Unidos apresentaram ao Conselho de Segurança da ONU para o envio de uma força internacional de segurança a Gaza.
“Será necessária uma longa discussão sobre esse assunto”, continuou ele, confirmando que surgiram divergências sobre o mandato dessa força internacional de segurança — um elemento central do “plano de paz” do presidente dos EUA, Donald Trump.
Em relação ao desarmamento do Hamas, o funcionário afirmou: “O Hamas é a força que controla o território [em Gaza]. Se for desarmado, haverá outras armas e outros grupos. Assim como no Iraque, quando o exército iraquiano foi dissolvido, o caos se instalou, Al-Qaeda e o ISIS surgiram.”
Isso “não contribuiria para a estabilidade nem para a implementação de acordos (como o cessar-fogo)”.
“Não existe vácuo – qualquer força substituta deve ser palestina e acordada entre os palestinos, para que não haja rejeição nem conflito interno.”
O Hamas já havia mantido conversas com a AP e com seu partido Fatah no Egito, chegando a acordos preliminares no ano passado.
Ainda não está claro como esses acordos seriam implementados na prática. O plano de Trump para uma força internacional em Gaza também prevê que os EUA e seus parceiros “governem” a Faixa por pelo menos dois anos, com possibilidade de prorrogação.
A AP só poderá assumir o controle da Faixa quando “tiver concluído satisfatoriamente seu programa de reformas” e após a aprovação de um “Conselho da Paz” liderado por Trump, segundo uma cópia da resolução preliminar de Washington obtida pelo Axios.
De acordo com o canal i24NEWS, citando diplomatas ocidentais, Estados árabes envolvidos no plano rejeitaram alguns aspectos do projeto dos EUA, incluindo a cláusula que determina que a força internacional deve desmilitarizar Gaza e desarmar o Hamas.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Nas últimas 24 horas, 3 mártires (incluindo 1 novo mártir e 2 corpos recuperados) e 2 feridos deram entrada nos hospitais da Faixa de Gaza.
Um número ainda não determinado de vítimas permanece sob os escombros e nas vias públicas, pois as equipes de resgate e defesa civil continuam impossibilitadas de alcançá-los até o momento.
Desde o cessar-fogo (11 de outubro de 2025):
• Total de mártires: 241
• Total de feridos: 609
• Total de corpos recuperados: 513
O balanço geral da agressão israelense desde 7 de outubro de 2023 chegou a 68.875 mártires e 170.679 feridos.