Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 756

Os crimes contra os prisioneiros palestinos voltam ao centro do debate internacional após as novas denúncias de tortura, mortes sob custódia e políticas de extermínio lento conduzidas dentro do cárcere pela ocupação.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 756
O palestino Zain Al-Barghouthi, que havia sido liberto como parte do acordo de cessar-fogo, foi preso novamente pela ocupação no último sábado. Reprodução: Mohammad Nazzal.

FPLP: Crimes de guerra contra os prisioneiros voltam à tona

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) responsabiliza totalmente o governo de ocupação sionista pelos contínuos crimes de guerra cometidos contra os prisioneiros palestinos nas prisões e centros de detenção, especialmente contra os prisioneiros de Gaza.

O que os prisioneiros enfrentam – tortura física e psicológica, negligência médica deliberada e execuções sumárias após serem capturados com vida – revela uma política sistemática de extermínio e liquidação direcionada aos prisioneiros palestinos.

A continuação da retenção dos corpos dos mártires e seu enterro em “cemitérios dos números” constitui um duplo crime e uma violação flagrante de todos os valores humanos e das normas do direito internacional.

Esses crimes sionistas são resultado direto de uma orientação oficial dentro da estrutura governante da entidade de ocupação, que busca transformar as prisões em campos de extermínio lento, sob supervisão política direta de figuras fascistas que ocupam o topo do governo.

As declarações incitadoras do Ministro da Segurança Nacional do governo de ocupação, o criminoso de guerra fascista e racista Itamar Ben-Gvir, contra os prisioneiros, são uma tradução pública do que realmente ocorre nas celas e centros de interrogatório, onde os prisioneiros são tratados como alvos de vingança – em flagrante violação de todas as normas internacionais que regem o tratamento de detidos.

Convidamos a comunidade internacional, as Nações Unidas e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha a assumirem suas responsabilidades morais e legais e abrirem uma investigação internacional urgente e independente para responsabilizar os responsáveis por esses crimes – à frente deles, o criminoso de guerra Ben-Gvir, que lidera uma campanha pública de incitação ao assassinato de prisioneiros e se vangloria de violar sua dignidade humana, numa prática que representa o auge do fascismo político e do racismo institucional desse regime criminoso.

Reafirmamos que a questão dos prisioneiros continuará no centro da luta nacional palestina, e que o povo palestino, com todas as suas facções e forças vivas, não ficará de braços cruzados diante desses crimes contínuos.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Nas últimas 48 horas, 8 mártires recuperados e 13 feridos chegaram aos hospitais da Faixa de Gaza.

Um número ainda indeterminado de vítimas permanece sob os escombros e nas ruas, já que as equipes de ambulância e defesa civil ainda não conseguem alcançá-las.

O número total de vítimas da agressão israelense subiu para 68.527 mártires e 170.395 feridos desde 7 de outubro de 2023.

Desde o cessar-fogo (11 de outubro de 2025), as estatísticas totais são:

  • Mártires: 93
  • Feridos: 337
  • Corpos recuperados: 472

Até o momento, 72 corpos de um total de 195 corpos liberados e recebidos da ocupação foram identificados.