Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 755
A maioria dos palestinos se opõe ao desarmamento do Hamas e não acredita no “plano de paz” para Gaza proposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, segundo pesquisa conduzida pelo PCPSR.
Maioria palestina se opõe ao desarmamento do Hamas imposto por Trump
A maioria dos palestinosse opõeao desarmamento do Hamas e está cética em relação ao “plano de paz” de Gaza proposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, segundo uma nova pesquisa conduzida pelo Centro Palestino de Pesquisa de Políticas e Estudos (PCPSR).
A pesquisa do PCPSR foi realizada entre 22 e 25 de outubro, e revela que cerca de 70% dos palestinos na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza rejeitam a entrega das armas do Hamas, mesmo que isso signifique uma retomada dos ataques israelenses.
A oposição ao desarmamento é mais forte na Cisjordânia ocupada: 80% dos entrevistados acreditam que o braço militar do Hamas, as Brigadas al-Qassam, deve permanecer armado. Em Gaza, 55% disseram se opor ao desarmamento.
A pesquisa também mostra que a maioria, 62%, não acredita que o plano de Trump vá conseguir encerrar a guerra “de uma vez por todas”.
Na Cisjordânia, 67% se mostram céticos em relação ao plano dos EUA; em Gaza, 54% compartilham dessa desconfiança. Segundo o levantamento, 53% dos palestinos continuam apoiando a Operação Dilúvio de Al-Aqsa — 59% na Cisjordânia e 44% em Gaza.
Além disso, 35% dos palestinos apoiam o Hamas, em comparação com 24% que apoiam o partido Fatah da Autoridade Palestina (AP). 32% afirmaram não apoiar nenhum dos dois partidos ou não ter opinião. De acordo com a pesquisa, 85% desejam que o presidente da AP, Mahmoud Abbas, renuncie.
“Os últimos dois anos levaram a um aumento do apoio ao Hamas, e não o contrário — e essa conclusão é válida tanto para a Cisjordânia quanto para a Faixa de Gaza, embora de forma mais acentuada na primeira”, afirmou o PCPSR.
A pesquisa foi divulgada enquanto Israel continua a violar o cessar-fogo em Gaza com total apoio dos EUA.
Mais de 100 palestinos foram mortos por ataques israelenses em Gaza em 28 de outubro, após Israel retomar intensos bombardeios aéreos sobre a Faixa sob a justificativa de supostas violações cometidas pelo Hamas. Entre os mortos, estavam 46 crianças. Os ataques israelenses também feriram 253 pessoas.
“Eles mataram um soldado israelense. Então, os israelenses revidaram. E eles devem revidar”, disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One.
O Hamas negou qualquer ligação com a morte de um soldado em Rafah, esclarecendo que não há contato com seus combatentes na cidade desde março.
É provável que ainda existam combatentes em Rafah sem conhecimento do cessar-fogo. A cidade foi completamente destruída e ocupada pelas tropas israelenses durante a guerra.
O Hamas reafirmou seu compromisso com o cessar-fogo e não respondeu às dezenas de violações israelenses registradas desde que o acordo foi firmado no início deste mês.
O movimento concordou em abrir mão da administração civil de Gaza, mas recusa o desarmamento até que um Estado palestino independente seja formado.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Nas últimas 48 horas, 8 mártires recuperados e 13 feridos chegaram aos hospitais da Faixa de Gaza.
Um número ainda indeterminado de vítimas permanece sob os escombros e nas ruas, já que as equipes de ambulância e defesa civil ainda não conseguem alcançá-las.
O número total de vítimas da agressão israelense subiu para 68.527 mártires e 170.395 feridos desde 7 de outubro de 2023.
Desde o cessar-fogo (11 de outubro de 2025), as estatísticas totais são:
- Mártires: 93
- Feridos: 337
- Corpos recuperados: 472
Até o momento, 72 corpos de um total de 195 corpos liberados e recebidos da ocupação foram identificados.