Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 745

Só 986 caminhões de ajuda foram autorizados a entrar em Gaza no cessar-fogo

A Secretaria de Mídia do Governo de Gaza anunciou, em 21 de outubro, que apenas 986 caminhões de ajuda humanitária entraram na Faixa desde que o cessar-fogo entrou em vigor há menos de duas semanas – o que representa apenas 15% dos 6.600 caminhões que deveriam ter sido entregues até 20 de outubro.

O órgão informou que os comboios incluíram apenas 14 caminhões com gás de cozinha e 28 caminhões transportando combustível solar, usado para abastecer padarias, geradores, hospitais e outras instalações essenciais.

Acrescentou ainda que o suprimento permanece criticamente insuficiente após meses de bloqueio e da “destruição sistemática causada pelo genocídio cometido pela ocupação ‘israelense’ contra nosso povo na Faixa de Gaza”.

As autoridades informaram que a média diária de caminhões que entram em Gaza desde o início do cessar-fogo, em 11 de outubro, é de apenas 89, bem abaixo dos 600 caminhões por dia acordados.

O comunicado descreveu a situação como uma prova da “política contínua de estrangulamento, fome e chantagem humana” imposta por Israel contra os quase 2 milhões de habitantes de Gaza.

“Essas quantidades limitadas não cobrem nem as necessidades humanitárias e de subsistência mínimas”, alertou a secretaria, enfatizando a necessidade urgente de um fluxo constante e irrestrito de pelo menos 600 caminhões por dia, incluindo alimentos, suprimentos médicos e de socorro, combustível e gás de cozinha, para atender às necessidades básicas de sobrevivência.

A Secretaria de Mídia do Governo reiterou que as autoridades de Gaza continuam prontas para coordenar com organizações humanitárias e de ajuda internacionais a entrada e distribuição da assistência em todos os distritos e setores essenciais, “em benefício do nosso povo palestino resiliente”.

Desde que o cessar-fogo entrou em vigor no início de outubro, o Ministério da Saúde palestino relatou cerca de 90 palestinos mortos e mais de 300 feridos em ataques israelenses contínuos em toda a Faixa, apesar da trégua declarada – com pelo menos 100 violações do cessar-fogo registradas.

Os ataques aéreos violentos ocorreram em meio às garantias dos EUA de que a trégua permanece válida, com o presidente Donald Trump insistindo que o cessar-fogo “ainda está em pleno vigor” e seria “mantido de forma rigorosa, porém adequada”, horas depois de bombardeios israelenses matarem mais de 40 palestinos em Rafah e no centro de Gaza.

Autoridades locais afirmaram que os bombardeios interromperam comboios humanitários e atrasaram os esforços de resgate de corpos presos sob os escombros, agravando ainda mais a grave crise humanitária em todo o enclave.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 124 mártires e 33 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 67,806 e 170,066 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 14,938 mártires e 58,025 feridos.