Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 743
Propostas de dividir Gaza em zonas temporárias e vincular a reconstrução a condições políticas são uma ameaça à soberania palestina, à unidade territorial e ao direito do povo de decidir sobre seu futuro.

FPLP: Ajuda humanitária vira ferramenta de chantagem política em Gaza
A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) afirma que as propostas apresentadas para dividir a Faixa de Gaza em zonas “humanitárias ou administrativas temporárias”, vinculando a ajuda e a reconstrução a condições políticas prévias que afetam os direitos do povo palestino e sua soberania nacional, são decisões perigosas e rejeitadas pelos palestinos, além de contradizerem até mesmo os termos da proposta norte-americana.
A Frente enfatiza que a reconstrução, a reabertura das passagens fronteiriças – especialmente a de Rafah – e o fornecimento de suprimentos humanitários são direitos humanos básicos que não podem ser transformados em instrumentos de pressão, chantagem ou barganha política. Reitera ainda que quaisquer arranjos temporários devem estar sujeitos à supervisão palestina e internacional, com prazos definidos conforme o que for acordado para a fase de transição, sem afetar a unidade do território e do povo.
A Frente considera que as tentativas de impor uma administração fora das estruturas palestinas legítimas representam uma violação grave da representação nacional e do direito do povo palestino à soberania sobre toda a sua terra e à autodeterminação, abrindo caminho para a fragmentação da Faixa e o enfraquecimento da unidade palestina.
A Frente conclama os mediadores e países garantidores a trabalharem para garantir uma participação palestina real e efetiva em todas as fases da reconstrução e da ajuda humanitária, bem como para estabelecer mecanismos transparentes de responsabilização e compensação pelos danos e violações cometidos pela ocupação. Além disso, pede monitoramento independente do financiamento da reconstrução, assegurando o início imediato das obras, a distribuição justa dos recursos e a prevenção de qualquer uso do tema como instrumento de chantagem política.
A Frente encerra reafirmando que preservar a soberania e a dignidade nacional é essencial para defender a vida das pessoas e seus direitos cotidianos, e que qualquer esforço internacional verdadeiro será inútil se não se basear no respeito total à soberania palestina e à unidade de seu território e povo, rejeitando qualquer violação sob qualquer pretexto.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 124 mártires e 33 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 67,806 e 170,066 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 14,938 mártires e 58,025 feridos.