Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 737
Partido Comunista Palestino apoia cessar-fogo em Gaza, mas alerta que a medida não resolverá as causas estruturais da colonização, denunciando o imperialismo e a normalização do domínio da ocupação.

Partido Comunista saúda cessar-fogo, mas alerta para os perigos
O Partido Comunista Palestino (PCP) declarou apoio ao cessar-fogo anunciado em Gaza, classificando-o como uma “medida humanitária necessária” para interromper o derramamento de sangue e proteger vidas civis. No entanto, o partido advertiu que o novo acordo “não deve ocultar as realidades estruturais da ocupação, da opressão e da dominação imperial” que continuam a colocar o povo palestino em risco.
Em comunicado oficial, o PCP afirmou que, de sua perspectiva revolucionária, o atual contexto regional e internacional – incluindo o chamado “Plano Trump” – busca integrar a entidade sionista em uma rede capitalista e imperialista mais ampla, voltada para “priorizar interesses econômicos e de segurança em detrimento da justiça e dos direitos nacionais”. Segundo o partido, tais iniciativas visam normalizar a ocupação e reduzir a causa palestina a “um assunto marginal administrado por acordos regionais que servem às elites dominantes e às potências estrangeiras”.
O PCP também denunciou os recentes acordos de normalização e projetos de integração regional, acusando-os de reforçar “uma tendência perigosa de legitimar a expansão israelense”. O texto cita ainda as declarações expansionistas do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sobre uma suposta “Grande Israel” como prova das “ameaças contínuas à soberania e à existência do povo palestino”.
Em seu posicionamento, o partido apresentou cinco pontos principais:
- Saúda o cessar-fogo como passo humanitário, exigindo sua tradução imediata em medidas concretas — como a abertura de passagens, o envio de ajuda humanitária e o fim dos ataques contra civis.
- Rejeita qualquer arranjo político ou econômico que consolide a ocupação ou lhe conceda legitimidade internacional.
- Responsabiliza os Estados Unidos e seus aliados imperialistas por políticas que “financiaram a expansão dos assentamentos e minaram os direitos nacionais palestinos”.
- Defende a reconstrução da unidade nacional palestina e de uma ampla frente popular capaz de resistir à ocupação e à “exploração neoliberal”.
- Convoca as forças progressistas e a classe trabalhadora mundial a intensificarem a solidariedade com a luta palestina e a enfrentarem “a cumplicidade imperialista nos crimes de Israel”.
O comunicado conclui reafirmando o compromisso do Partido Comunista Palestino com a unidade, a resistência e a solidariedade internacional, descritas como “o único caminho eficaz para pôr fim à ocupação e alcançar justiça e libertação para o povo palestino”.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 124 mártires e 33 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 67,806 e 170,066 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 14,938 mártires e 58,025 feridos.