Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 729

A resistência deve impedir a separação entre Gaza e a Cisjordânia e garantir a formação de uma administração palestina soberana, sob a colaboração árabe, livre de qualquer tutela internacional imposta ao povo palestino.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 729

FPLP: Tribunal federal dos Estados Unidos rejeita processo contra a UNRWA

O Departamento de Assuntos dos Refugiados e Direito de Retorno da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) saúda a decisão do Tribunal Federal dos Estados Unidos em Nova York, que rejeitou o processo movido contra a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). A Frente considera esta decisão uma vitória jurídica significativa, que impede as tentativas da ocupação israelense de criminalizar a agência e minar sua legitimidade internacional.

Esta sentença confirma o status da UNRWA como órgão pertencente às Nações Unidas, dotado de imunidade legal, e representa um golpe nas alegações israelenses que visam apagar a questão dos refugiados palestinos. Além disso, reafirma o papel internacional da agência como testemunha do crime de deslocamento forçado sofrido por nosso povo em 1948 e como símbolo da continuidade do direito de retorno.

Reafirmamos a necessidade de reforçar o apoio político e financeiro à UNRWA, especialmente na Faixa de Gaza, que enfrenta genocídio, fome e um ataque sistemático à própria agência. Também destacamos a importância de prosseguir a luta jurídica e política para proteger a causa dos refugiados de todas as tentativas de eliminação e deslocamento.

Plano de paz deve expor a ocupação ao mundo

A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) afirma que a resposta do movimento Hamas à proposta americana é nacional e responsável, e abre o caminho para o fim da agressão. O essencial agora é que a ocupação se comprometa a cessar a ofensiva e implementar as fases do acordo, de modo a criar as condições para um cessar-fogo total, uma retirada completa, e o levantamento total do bloqueio, conduzindo a um processo político palestino claro que proteja os direitos do nosso povo.

A Frente responsabiliza totalmente o governo dos Estados Unidos por quaisquer violações ou tentativas de obstrução cometidas pelo criminoso de guerra Benjamin Netanyahu, pois o silêncio ou a conivência de Washington equivalem a cobertura e incentivo a essas violações.

As questões políticas e nacionais devem ser decididas pelo conjunto das forças nacionais palestinas, de acordo com os princípios fundamentais da causa. Portanto, o tratamento de todas as questões políticas e nacionais pendentes deve ocorrer através de uma decisão nacional unificada, com o objetivo de encerrar totalmente a agressão contra o nosso povo e restaurar seus direitos. Além disso, a comunidade internacional deve assumir suas responsabilidades na implementação de suas próprias resoluções – a criação de um Estado palestino soberano, o direito do nosso povo ao retorno e à autodeterminação, e a garantia do direito de resistir e de enfrentar os planos da ocupação por todos os meios legítimos.

Ao saudar os esforços egípcios, árabes e islâmicos, e as iniciativas voltadas para o “dia seguinte” – como o estabelecimento do cessar-fogo, a reorganização interna palestina e o convite ao diálogo nacional abrangente –, a FPLP renova seu apelo para a realização urgente de um encontro nacional palestino a fim de discutir todas as questões políticas e nacionais e adotar uma posição palestina unificada. Tal encontro deve impedir a separação entre Gaza e a Cisjordânia e garantir a formação de uma administração palestina autônoma, sob patrocínio árabe, livre de qualquer tutela internacional imposta ao povo palestino.

Por fim, a Frente enfatiza a necessidade de manter a mobilização global para continuar pressionando os lados americano e israelense a garantir a implementação do acordo e evitar retrocessos em qualquer de suas fases, até que se alcancem os direitos nacionais legítimos do povo palestino. Também defende a continuidade da campanha de boicote, isolamento e deslegitimação da ocupação em todos os níveis.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 42 mártires e 190 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 66.097 e 168.536 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 13.229 mártires e 56.495 feridos.