Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 726
Grandes protestos tomaram cidades na Europa, América Latina, Oriente Médio e Oceania após os violentos atos de sequestro da tripulação da Flotilha Global Sumud por forças navais de Israel, em águas internacionais.

Sequestro da Flotilha provoca onda de protestos pelo mundo
A violenta intercepção da Flotilha Global Sumud por forças navais de Israel, em águas internacionais, desencadeou uma onda de indignação global. Os ativistas humanitários que navegavam rumo a Gaza com suprimentos emergenciais foram sequestrados e levados sob custódia israelense, em um ato denunciado por organizações, governos e manifestantes como sequestro e pirataria marítima.
Segundo o Hamas, trata-se de “um ataque traiçoeiro e um crime de pirataria contra civis em missão humanitária urgente”. O movimento destacou que o ato representa “um bárbaro atentado contra ativistas internacionais de solidariedade” e pediu à ONU e à comunidade internacional que responsabilizem Israel por crimes contra civis e pelo bloqueio genocida imposto à Faixa de Gaza.
Entre os detidos estão figuras conhecidas, como a eurodeputada franco-palestina Rima Hassan, o ativista irlandês Tadhg Hickey e a política francesa Marie Mesmeur. O governo espanhol confirmou que 65 cidadãos do país estavam a bordo, enquanto o México exigiu a libertação de sete de seus nacionais. A Turquia classificou a ação como “um ato de terrorismo que constitui grave violação do direito internacional e coloca vidas inocentes em risco”.
Israel, por sua vez, pronunciou-se sobre a operação acusando a flotilha de tervínculos com o Hamas– acusação rapidamente rechaçada pelo corpo jurídico e pelos próprios ativistas, que denunciaram ser mais uma tentativa de criminalizar a solidariedade internacional. O Ministério das Relações Exteriores de Israel chegou a se referir à missão como “a flotilha do Hamas”, numa narrativa usada para legitimar a ofensiva militar contra embarcações civis.
A resposta global foi imediata. Grandes protestos tomaram cidades na Europa, América Latina, Oriente Médio e Oceania. Em Roma, dezenas de milhares marcharam em apoio à flotilha, enquanto sindicatos italianos convocaram uma greve geral. Na Alemanha e no Reino Unido, estações ferroviárias foram paralisadas por manifestantes. Em Buenos Aires, centenas protestaram contra “o assalto das forças de ocupação israelenses”, e na Cidade do México, familiares dos detidos denunciaram o sequestro diante do Ministério das Relações Exteriores.
Membros brasileiros, como Thiago Ávila e Luizianne Lins, foram interceptados por Israel. Entretanto, o Itamaraty limitou-se a emitir condenação protocolar dos atos de Israel, na qual expressou “preocupação com a presença de cidadãs e cidadãos brasileiros, incluindo parlamentares”. Uma visita aos reféns brasileiros está prevista para a sexta-feira.
De acordo com os organizadores, Israel não apenas interceptou e confiscou as embarcações, mas também chegou a atacar alguns dos barcos, colocando em risco a vida dos tripulantes. Antes disso, a flotilha já havia sido alvo de drones israelenses em alto-mar.
Das 44 embarcações que zarparam da Espanha há um mês, apenas quatro permanecem navegando – algumas delas encalhadas por problemas técnicos. Uma conseguiu se aproximar das águas de Gaza antes de perder comunicação.
O sequestro da Flotilha Global Sumud reforça as denúncias de que Israel não apenas bloqueia Gaza com fome e destruição, mas também tenta silenciar e criminalizar qualquer gesto de solidariedade internacional. Ao mesmo tempo em que intensifica o cerco à população palestina, Tel Aviv desafia o direito internacional, diante de uma opinião pública global cada vez mais mobilizada contra os seus crimes.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 42 mártires e 190 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 66.097 e 168.536 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 13.229 mártires e 56.495 feridos.