Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 721
Em assembleia esvaziada, o criminoso de guerra Netanyahu atacou os países que reconheceram a Palestina, enquanto sabota a paz e negociações por prisioneiros em meio ao genocídio em Gaza.

Número de empresas estrangeiras ilegais na Cisjordânia aumenta em 43% desde 2023
Um novo relatório de Direitos Humanos da ONU revelou que mais de 150 empresas estão operando em assentamentos israelenses ilegais na Cisjordânia ocupada.
“O Escritório de Direitos Humanos da ONU divulgou uma atualização do nosso banco de dados de empresas envolvidas em assentamentos israelenses ilegais na Cisjordânia ocupada”, disse a porta-voz Ravina Shamdasani em 26 de setembro.
“O banco de dados lista um total de 158 empresas de 11 países. O relatório foi mandatado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, e a divulgação de hoje atualiza o banco de dados publicado pela primeira vez em 2020 e depois atualizado em 2023”, acrescentou a porta-voz.
Shamdasani revelou que “um total de 68 novas empresas foram adicionadas à lista publicada em 2023, enquanto sete foram removidas, por não estarem mais envolvidas em nenhuma das atividades em questão”.
As novas empresas incluídas concentram-se principalmente nos setores de construção, imobiliário, mineração e extração de pedras.
O banco de dados atualizado inclui empresas dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França e China.
“Quando empresas identificam que causaram ou contribuíram para impactos adversos aos direitos humanos, devem prover ou cooperar com reparações por meio de processos adequados”, afirmou a porta-voz no relatório. “Os Estados também têm a responsabilidade de agir com diligência para garantir que as empresas que operam em áreas de conflito não estejam envolvidas ou contribuindo materialmente para graves violações ou abusos de direitos humanos.”
Dezenas de novos projetos de assentamentos ilegais foram aprovados na Cisjordânia ocupada nos últimos meses.
No início deste mês, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu deu andamento ao plano de reativar o controverso projeto de assentamento E1. O projeto recebeu aprovação final de uma comissão de planejamento do Ministério da Defesa de Israel em agosto. O assentamento E1 havia permanecido congelado por décadas devido à forte oposição da comunidade internacional.
Ele busca ligar Jerusalém Oriental ocupada — considerada parte essencial de qualquer futuro Estado palestino — ao assentamento ilegal de Maale Adumim.
As apropriações ilegais de terra e a expulsão de palestinos por colonos continuam a se intensificar em toda a Cisjordânia ocupada.
Há meses, Israel vem avançando publicamente em planos de anexação do território, e recentemente prometeu acelerar esses planos em resposta ao reconhecimento europeu do Estado da Palestina.
França e Bélgica anunciaram seu reconhecimento da Palestina durante a atual sessão da Assembleia Geral da ONU (AGNU) em Nova Iorque, um dia após o Reino Unido ter declarado formalmente que reconhece o Estado palestino.
Embora as nações ocidentais tenham condenado repetidamente a expansão dos assentamentos em declarações, o financiamento continuou ao longo dos anos.
Segundo reportagem do The Guardian em 18 de julho, duas instituições de caridade britânicas transferiram milhões para um assentamento israelense ilegal na Cisjordânia ocupada, com o apoio do órgão regulador de caridade do Reino Unido.
Países da União Europeia também mantiveram comércio com assentamentos ilegais, apesar de uma decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) contra o apoio à ocupação na Cisjordânia.
“A UE está negligenciando sua responsabilidade de respeitar o direito internacional. Essa flexibilidade das regras por conveniência política mina a credibilidade da política externa da UE e trai a confiança dos povos além da Palestina. A abordagem da UE também estabelece um precedente perigoso ao tratar suas obrigações perante a opinião consultiva da CIJ como opcionais, especialmente em meio a atrocidades em andamento”, afirmou Francesca Albanese, relatora especial da ONU para a Palestina, ao The Intercept em outubro de 2024.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 38 mártires e 190 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 65.382 e 166.985 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 12.823 mártires e 54.944 feridos.