Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 717
Khamenei afirmou que negociar com os EUA sobre o programa nuclear traz “zero benefício” e pode prejudicar o Irã, à medida que Washington impõe condições e usa diálogos como cobertura para ataques israelenses.

Negociações com os EUA podem prejudicar o Irã
Teerã não receberá “nenhum benefício” ao se envolver em negociações com Washington sobre seu programa nuclear, declarou o Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, em 23 de setembro.
“Nas circunstâncias atuais, negociar com os EUA não nos ajuda; não traz nenhum benefício e não evitará nenhum dano contra nós. Na verdade, negociar agora causaria prejuízo”, afirmou o Líder Supremo em um discurso televisionado que marcou o aniversário da guerra Irã-Iraque.
No início deste ano, Irã e EUA participaram de negociações mediadas por Omã para um acordo que limitaria o programa nuclear iraniano em troca do alívio das sanções econômicas norte-americanas.
No entanto, a Casa Branca usou as negociações como cobertura para permitir que Israel lançasse um ataque surpresa e não provocado contra o Irã em junho, bombardeando o país com drones, mísseis e aviões de guerra.
O presidente dos EUA, Donald Trump, posteriormente levou os EUA para dentro da guerra, ordenando bombardeios a três instalações nucleares iranianas.
“Com base em tudo isso, digo que não devemos negociar com os Estados Unidos. Talvez em 20 ou 30 anos seja diferente, mas por enquanto é inútil. Só serve a Trump”, declarou Khamenei.
“As negociações com os Estados Unidos são inúteis porque eles já predeterminaram os resultados das conversas, que é a interrupção das atividades nucleares e do enriquecimento. Isso não é negociação; é ditado e imposição.”
Durante seu discurso, Khamenei também comentou a guerra de 12 dias com Israel em junho, afirmando que a “unidade da nação iraniana frustrou o inimigo”, já que Israel não conseguiu atingir seu objetivo de derrubar o governo iraniano.
Israel planejava atacar comandantes militares iranianos e outras figuras influentes do governo para “criar caos no país”, em particular no Irã.
“Eles queriam criar sedição, criar sedição nas ruas, lançar gangues e erradicar o Islã no país. Esse era o objetivo do inimigo”, disse Khamenei.
O Líder Supremo relembrou a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, morto há um ano por fortes ataques aéreos israelenses que atingiram seu quartel-general nos subúrbios de Beirute.
“Sayyed Hassan Nasrallah foi uma grande riqueza para o mundo islâmico, não apenas para o xiismo, não apenas para o Líbano, ele foi uma riqueza para o mundo islâmico”, declarou Khamenei. “Ele se foi, mas a riqueza que criou permanece.”
Ele acrescentou que o Hezbollah não deve ser subestimado e que o movimento de resistência é um ativo não apenas para o povo libanês, mas também para outros.
O Líder Supremo enfatizou a importância da capacidade do país de enriquecer urânio, afirmando que usinas nucleares podem reduzir o custo da produção de eletricidade e diminuir a poluição.
O urânio enriquecido também possibilita pesquisas, educação e avanços científicos. Ele destacou que o Irã está entre apenas dez nações com capacidade de enriquecer urânio.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 38 mártires e 190 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 65.382 e 166.985 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 12.823 mártires e 54.944 feridos.