Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 706

O Qatar sediará, na próxima semana em Doha, uma cúpula árabe-islâmica emergencial para discutir as repercussões do ataque de Israel ao Estado do Golfo, anunciou o Qatar em 11 de setembro.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 706

Qatar sediará cúpula para discutir ato de terrorismo de Israel

O Qatar sediará, na próxima semana em Doha, uma cúpula árabe-islâmica emergencial para discutir as repercussões do ataque de Israel ao Estado do Golfo, anunciou a Agência de Notícias do Qatar em 11 de setembro.

Em 9 de setembro, Israel lançou um ataque à capital catari que tinha como alvo líderes do Hamas reunidos para discutir a proposta de cessar-fogo do presidente dos EUA, Donald Trump. De acordo com o Canal 14 de Israel, pelo menos 10 caças da força aérea israelense participaram do ataque.

O Hamas confirmou que sua delegação, liderada por Khalil al-Hayya, sobreviveu à tentativa de assassinato na capital do Qatar na terça-feira. No entanto, o filho de Hayya, quatro membros de menor escalão do Hamas e um oficial de segurança catari foram mortos no ataque israelense contra o complexo residencial que abrigava integrantes do Bureau Político do Hamas — elevando o número de mortos a seis.

As autoridades catari classificaram os bombardeios israelenses a Doha como um “ataque covarde”.

O exército israelense admitiu ter realizado a operação em coordenação com seu Serviço Geral de Segurança, conhecido como Shin Bet, dizendo que o alvo era “a liderança do movimento Hamas”.

O primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, disse a autoridades dos EUA que o ataque representou “uma traição por parte de Israel e dos EUA”, segundo o Axios, e afirmou que Doha reavaliaria sua parceria de segurança com Washington.

Em entrevista à CNN, Al-Thani alertou que uma resposta regional está em consulta, classificando os ataques aéreos israelenses como “uma ação bárbara” que “aniquilou qualquer esperança” para os cativos israelenses em Gaza.

Na quarta-feira, a presidência sul-coreana do Conselho de Segurança da ONU adiou para quinta-feira uma reunião de emergência sobre o ataque, alegando que o atraso foi solicitado por Doha para permitir a participação do primeiro-ministro.

Em 10 de setembro, o Ministério das Relações Exteriores do Qatar condenou as declarações de Netanyahu sobre a presença do escritório do Hamas em Doha, descrevendo-as como uma “tentativa vergonhosa de justificar o ataque covarde em território catari”.

O Estado do Golfo enfatizou que defenderá sua soberania e trabalhará com parceiros internacionais “para garantir que Netanyahu seja responsabilizado e que suas práticas imprudentes e irresponsáveis sejam interrompidas”.

Segundo informações, o presidente dos EUA, Donald Trump, exigiu que Netanyahu garantisse que tal ataque não se repetiria, mas o embaixador de Israel nos EUA, Yechiel Leiter, prometeu que os líderes do Hamas seriam novamente alvos. “Se não os pegamos desta vez, pegaremos na próxima”, disse Leiter à Fox News.

Enquanto muitas contas nas redes sociais espalhavam alegações de que o Qatar havia suspendido seus esforços de mediação na guerra de Gaza após o ataque israelense, posteriormente ficou esclarecido que nenhuma decisão nesse sentido foi tomada.

O primeiro-ministro Al-Thani ressaltou em coletiva de imprensa que a mediação faz parte da identidade do Qatar e que “nada atrapalharia” o papel do país.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 68 mártires e 362 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 64.368 e 162.367 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 11.828 mártires e 50.326 feridos.