Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 705
Movimento carcerário denuncia que Israel introduziu novas armas nas prisões, como tasers e balas de borracha, em uma política sistemática que expõe detidos palestinos a risco de morte e viola o direito internacional.

Sociedade dos Prisioneiros Palestinos: Novas armas nas prisões da ocupação sinalizam intenção de matar reféns palestinos
O chefe da Sociedade dos Prisioneiros Palestinos, Abdullah Al-Zighari, disse hoje que a recente introdução, pela ocupação israelense, de um novo conjunto de armas a serem usadas contra prisioneiros políticos palestinos constitui uma prova clara de uma política sistemática e da intenção de matar e ferir os detidos.
Depoimentos de prisioneiros documentados pela Sociedade dos Prisioneiros Palestinos indicam que novas armas foram introduzidas nas prisões, incluindo pistolas de choque elétrico e novos tipos de balas revestidas de borracha para serem utilizadas durante operações de repressão e ataques contra os prisioneiros. Ele apontou que essas práticas representam a continuidade da política da ocupação de usar os corpos dos prisioneiros como “campos de teste” para suas armas.
Al-Zighari afirmou que a decisão ocorre em meio a políticas declaradas e ocultas da ocupação que visam a vida dos prisioneiros e os expõem a assassinatos diretos e indiretos – constituindo uma violação flagrante das regras do direito humanitário internacional e dos padrões internacionais de direitos humanos.
Ele enfatizou que essa escalada reflete um padrão repetido de crimes sistemáticos cometidos pela administração penitenciária como parte de uma política mais ampla destinada a destruir o tecido humano dos prisioneiros. Afirmou ainda que o que está acontecendo hoje representa uma escalada sem precedentes na gravidade e no alcance das violações contra os prisioneiros políticos palestinos.
Ele responsabilizou totalmente as autoridades de ocupação pelo destino de milhares de prisioneiros e apelou ao sistema internacional de direitos humanos para que adote medidas sérias e práticas a fim de responsabilizar a ocupação por essas graves violações. Também destacou a necessidade de pressionar os Estados internacionais que continuam a fornecer apoio político e militar à ocupação – e que são diretamente cúmplices do genocídio em curso, que já ultrapassa 700 dias.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 68 mártires e 362 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 64.368 e 162.367 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 11.828 mártires e 50.326 feridos.