Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 703

Israel bombardeia capital do Qatar

O exército israelense e o Shin Bet confirmaram ter lançado, em 9 de setembro, um ataque contra a capital do Qatar, Doha, visando líderes do Hamas que estavam reunidos para discutir a proposta de cessar-fogo do presidente dos EUA, Donald Trump.

“A ação de hoje contra os principais chefes terroristas do Hamas foi uma operação totalmente independente de Israel”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro israelense e procurado por crimes de guerra, Benjamin Netanyahu, em uma publicação nas redes sociais.

“Israel a iniciou, Israel a conduziu e Israel assume total responsabilidade”, acrescentou o comunicado.

Relatos da Reuters e da Al Jazeera afirmam que a delegação do Hamas sobreviveu à tentativa de assassinato de Israel. No entanto, fontes ouvidas pela Quds News Network dizem que o filho do líder do Hamas, Khalil al-Hayya, e seu chefe de gabinete foram mortos no ataque aéreo.

Um alto funcionário israelense disse ao Canal 12 que Trump deu luz verde para o ataque no Qatar. A vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Anna Kelly, não fez comentários quando questionada por repórteres.

Em resposta ao bombardeio de sua capital, o Ministério das Relações Exteriores do Qatar emitiu um comunicado afirmando que a monarquia do Golfo “condena fortemente o covarde ataque israelense que teve como alvo prédios residenciais onde estavam vários membros do Bureau Político do Hamas”.

“Essa agressão criminosa constitui uma violação flagrante de todas as leis e normas internacionais e representa uma grave ameaça à segurança e à integridade dos Qatarianos e dos residentes no Qatar”, acrescentou a nota, destacando que “investigações estão em andamento no mais alto nível e mais detalhes serão anunciados assim que estiverem disponíveis.”

Segundo o Canal 14 News de Israel, pelo menos 10 caças da força aérea israelense participaram do ataque contra a capital do Qatar. Já a Rádio do Exército de Israel estimou que “levará mais algumas horas para compreender quais líderes seniores do Hamas foram assassinados e quais sobreviveram.”

“Uma operação de assassinato meticulosamente planejada, seguindo o manual, com um elemento de engano. Parece? Uma operação insana. Eles ofereceram a eles um acordo para retornar... Eles se reuniram em um só lugar, e o resto virou história”, comentou o jornalista e analista israelense Amir Bohbot, do Walla News, após o ataque.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 68 mártires e 362 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 64.368 e 162.367 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 11.828 mártires e 50.326 feridos.