Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 701
A luta palestina é parte da defesa regional contra o projeto de “Grande Israel”, que visa subjugar povos árabes do Egito à Arábia Saudita. Só a solidariedade dos povos poderá deter os planos coloniais de dominação.

FPLP: Com firmeza e resistência heroica se enfrenta a guerra de extermínio
O Politburo da Frente Popular realizou sua reunião periódica para discutir os últimos acontecimentos no cenário palestino, à luz da intensificação da agressão sionista contra nosso povo, da guerra de extermínio e da limpeza étnica que visam a sua existência e a imposição de controle total sobre sua terra.
No início da reunião, o Politburo prestou homenagem aos mártires da Palestina, em especial ao comandante mártir Abu Khalil Washah, ao camarada Mufid Hassan e ao heroico mártir Daoud Khalaf, bem como a todos os que tombaram em defesa da liberdade e da pátria.
Também saudou o camarada líder Ahmad Sa’adat, Secretário-Geral da Frente Popular, afirmando que sua firmeza, assim como a de todos os prisioneiros nas cadeias da ocupação, constitui a primeira linha de defesa da causa do nosso povo.
Foram analisados os crimes de genocídio e a escalada sionista contínua na cidade de Gaza, onde a ocupação prossegue com sua penetração gradual, destruindo a infraestrutura, bombardeando torres residenciais e instalações vitais, intensificando os ataques contra civis e deslocados.
Essa política vingativa não é circunstancial, mas sim parte de um plano sistemático de deslocamento forçado e limpeza étnica, integrado a projetos de anexação e colonização, bem como à imposição da soberania colonial na Cisjordânia, o que representa uma ameaça existencial para a terra e a identidade palestina.
O comunicado enfatizou que a resistência do povo palestino, especialmente em Gaza, é a arma mais poderosa diante desse regime fascista, e que a resistência, em todas as suas formas, continuará sendo o escudo protetor do nosso povo, por maiores que sejam os sacrifícios.
Alertou ainda para a gravidade do que a ocupação revela em torno do projeto da “Grande Israel”, que tem como alvo toda a região árabe, incluindo Egito, Jordânia, Iraque, Síria, Líbano e Arábia Saudita. Conclamou, portanto, à ativação do Tratado de Defesa Árabe Comum e à unificação da posição árabe sobre a base de enfrentar esse perigo existencial, utilizando todos os instrumentos políticos, econômicos e jurídicos disponíveis.
Diante desse crime histórico, convocou as massas do povo em Gaza, na Cisjordânia, em Jerusalém, nos territórios ocupados de 1948 e na diáspora, a se unirem na batalha da firmeza e da resistência, e a unirem todas as energias nacionais e populares para frustrar os planos do inimigo. Apela também às nações árabes e aos povos livres do mundo para que se mobilizem de imediato em praças, arenas e capitais, a fim de isolar a entidade sionista e levá-la a julgamento como criminosa de guerra diante do mundo inteiro.
A hora do confronto soou, e ninguém protegerá a Palestina senão seus filhos e os livres da terra que erguem a bandeira da liberdade contra o colonialismo e o extermínio.
O Politburo saudou a posição egípcia contrária ao deslocamento forçado, aos planos do inimigo na Palestina e ao projeto da “Grande Israel”. Também elogiou o contínuo apoio qualitativo do Iêmen ao nosso povo firme em Gaza, e suas operações específicas contra alvos sionistas, prestando homenagem ao espírito do mártir Ahmed Al-Rahwi, primeiro-ministro iemenita, e de um grupo de ministros que tombaram em um traiçoeiro bombardeio sionista.
Saudou igualmente o movimento mundial solidário com a Palestina, que vive uma transformação histórica sem precedentes, e ressaltou a necessidade de aproveitá-la para retirar a legitimidade da ocupação e de suas instituições, perseguindo seus líderes como criminosos de guerra. Conclamou também à proteção das caravanas que rompem o cerco, considerando qualquer ataque a elas como pirataria e terrorismo de Estado organizado.
A Frente Popular afirmou que, ao mesmo tempo em que prossegue seus intensos esforços para pôr fim à guerra, convoca à construção da unidade nacional mediante o lançamento de um diálogo nacional abrangente, com a participação de todos, sem exceção, sobre a base da responsabilidade e da parceria nacional.
Nesse contexto, a Frente apresenta uma iniciativa política que constitui um roteiro nacional para unificar posições políticas e de campo, preservar a frente interna e proteger o povo, a terra e a causa dos planos de liquidação, deslocamento forçado, judaização e anexação, considerando isso uma tarefa nacional urgente e condição essencial para enfrentar a agressão e frustrar seus projetos.
A resistência sempre esteve e continua aberta a qualquer solução que leve à interrupção da agressão contra nosso povo e ao fim do cerco, seja no âmbito de um acordo abrangente ou de arranjos parciais, em conformidade com uma posição nacional unificada que coloca o interesse do nosso povo acima de qualquer outra consideração. Contudo, o criminoso de guerra Netanyahu, e o que ele representa de aliança sionista racista e de parceria ilimitada com a administração americana, constitui o principal obstáculo a qualquer esforço para deter a agressão.
Ambos carregam a responsabilidade direta pelos crimes de guerra e de extermínio cometidos contra nosso povo em Gaza e na Cisjordânia, no contexto de um projeto colonial que busca remodelar a região de acordo com a lógica da dominação e do saque, à custa dos direitos, da liberdade, da soberania e da estabilidade de seus povos.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 68 mártires e 362 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 64.368 e 162.367 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 11.828 mártires e 50.326 feridos.