Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 700

Essa guerra, em seus 700 dias, não respeitou hospitais, escolas, abrigos, crianças, mulheres ou doentes, e constituiu uma cena contínua de assassinato e fome sistemática, com o alvo voltado contra civis.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 700

FPLP: 700 dias da guerra genocida

Setecentos dias se passaram desde que a entidade sionista lançou sua guerra de extermínio contra a Faixa de Gaza – a mais longa e a mais brutal da era moderna –, na qual se entrelaçaram o projeto colonial sionista e a parceria total dos EUA e do Ocidente, por meio do apoio político, militar e financeiro e da cobertura internacional, para que a ocupação executasse seus planos de deslocamento forçado, limpeza étnica e destruição das condições de vida no setor.

Essa guerra, que não respeitou hospitais, escolas, abrigos, crianças, mulheres ou doentes, constituiu uma cena contínua de assassinato e fome sistemática, com o alvo voltado contra civis, equipes médicas e jornalistas, sob apoio norte-americano e cobertura ocidental que permitiram à ocupação prosseguir com o crime e escapar da responsabilização.

Hoje, a ocupação busca reproduzir as cenas de massacres em Rafah, Khan Yunis e no norte do setor, no coração da cidade de Gaza superlotada de deslocados, e também na Cisjordânia ocupada, dentro de um plano de colonização e judaização para perpetuar o sofrimento de nosso povo e liquidar sua existência nacional. Enquanto isso, o governo fascista de Netanyahu aproveita a continuidade da guerra para escapar de suas crises internas e permanecer no poder.

A Frente saúda os mártires de nosso povo e sua resistência heroica, que enfrentaram a mais brutal máquina de assassinato e terrorismo do mundo, e reafirma que a resistência continuará sendo a opção estratégica.

O criminoso de guerra Netanyahu continua rejeitando todas as iniciativas que buscam parar o genocídio, aproveitando-se da cobertura total dos EUA, enquanto a resistência confirma sua abertura a todas as ideias e iniciativas sérias que visem deter o extermínio e proteger nosso povo.

As transformações globais e a exposição da narrativa sionista constituem uma oportunidade para ampliar o apoio internacional à Palestina e reforçar a pressão sobre os lobbies sionistas e as administrações ocidentais, especialmente nos Estados Unidos. No entanto, isso exige mais trabalho e pressão popular para deter os crimes da ocupação e seus planos em Gaza, na Cisjordânia e na região.

A Frente renova sua alta consideração por todas as iniciativas populares e internacionais destinadas a romper o bloqueio à Faixa de Gaza, em especial as Flotilhas da Liberdade, que representam a expressão da consciência do mundo livre, e afirma que qualquer agressão sionista contra elas apenas aumentará o isolamento da ocupação e revelará ainda mais sua face, além de intensificar a força do movimento de solidariedade internacionalista.

Setecentos dias de guerra de extermínio não enfraqueceram nem enfraquecerão a determinação de nosso povo; ao contrário, aumentaram sua firmeza em permanecer e resistir. Gaza, com todas as suas feridas, ruínas e tragédias, continuará sendo símbolo de resistência popular e dignidade nacional, um farol eterno em nossa luta contínua pela libertação e pelo direito ao retorno.

Glória aos mártires, liberdade aos prisioneiros, recuperação aos feridos e vitória para o nosso povo resistente.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 68 mártires e 362 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 64.368 e 162.367 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 11.828 mártires e 50.326 feridos.