Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 70
Tel Aviv foi palco de intensos protestos após soldados israelenses terem causado a morte de três reféns da resistência palestina em Gaza, conforme confirmado pelo porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, de acordo com informações do jornal Haaretz.
Últimas atualizações sobre a Faixa de Gaza
Na esteira dos acontecimentos recentes em Gaza, uma nova onda de desafios se abate sobre a região, marcada por um quinto apagão forçado nas telecomunicações, intensificando a já precária situação humanitária na área. Implementado por Israel desde o fatídico 7 de outubro, este blackout interrompeu as comunicações a tal ponto que se torna impossível fornecer números precisos e atualizados em relação ao número de vítimas.
A violência em Gaza atingiu um ponto crítico com os recentes ataques israelenses na cidade de Khan Younis, resultando na morte do cinegrafista da Al Jazeera, Samer Abudaqa, e deixando vários outros jornalistas feridos. De acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), a guerra sionista sobre Gaza já vitimou pelo menos 57 jornalistas, enfatizando os desafios enfrentados pela imprensa na região.
Tensões no Mar Vermelho: Resistência Iemenita ataca navios e empresas de navegação suspendem viagens
Na última sexta-feira, dois navios de bandeira liberiana foram alvo de um ataque no Mar Vermelho, desencadeado por projéteis disparados pela Resistência Iemenita. Segundo fontes militares dos EUA, um dos navios foi atingido por um drone e acabou pegando fogo. O incidente levou duas empresas de navegação a anunciarem a suspensão de todas as viagens através do Mar Vermelho em resposta aos ataques perpetrados pelos rebeldes houthis do Iêmen.
A Resistência Iemenita declarou que pretende direcionar seus ataques a qualquer navio que se dirija a Israel, independentemente de sua nacionalidade. A justificativa apresentada pela resistência é a resposta ao genocídio sionista contra as crianças de Gaza, desencadeado pela ofensiva do palestina em 7 de outubro.
O Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, revelou na semana passada que Washington está em negociações com outros países para formar uma "força-tarefa marítima" destinada a garantir a passagem segura de navios no Mar Vermelho. Detalhes adicionais sobre essa iniciativa ainda não foram divulgados.
A proposta da coalizão liderada pelos EUA para uma força-tarefa de 12 nações incluiria a participação de navios de guerra das marinhas de pelo menos quatro países: EUA, França, Reino Unido (notórios aliados do estado sionista) além de Israel.
A líder do Comitê de Defesa do parlamento alemão, Marie-Agnes Strack-Zimmermann, sugeriu que a Marinha Militar da Alemanha desempenhe um papel na segurança das rotas navais comerciais no Mar Vermelho, de acordo com informações da agência DPA. A proposta surgiu em resposta ao recente ataque contra um navio pertencente a uma empresa alemã na região. A iniciativa visa “proteger os interesses comerciais na região”.
Diante desses desenvolvimentos, o Irã, por meio de seu Ministro da Defesa, Mohammad Reza Ashtiani, emitiu um alerta, sugerindo que uma possível força-tarefa multinacional apoiada pelos Estados Unidos para proteger a navegação no Mar Vermelho enfrentaria "problemas extraordinários". A situação permanece tensa, com o cenário internacional observando atentamente as implicações desses eventos para o sistema imperialista.
Protestos eclodem em Tel Aviv após ataque em Gaza: 3 capturados foram mortos por Israel
Tel Aviv foi palco de intensos protestos após soldados israelenses terem causado a morte de três reféns da resistência palestina em Gaza, conforme confirmado pelo porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, de acordo com informações do jornal Haaretz.
Os manifestantes em Tel Aviv expressaram indignação, exigindo não apenas uma explicação oficial, mas também a demissão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Além disso, a multidão pediu a libertação de todos os reféns israelenses. Os acordos para a libertação foram boicotados por Israel, que retirou diplomatas e agentes da Mossad do Catar, país que sediava as reuniões de negociação.
O incidente gerou uma atmosfera de tensão na região, levando a população a manifestar seu repúdio às ações ocorridas em Gaza.