Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 697

Parlamentares do Brasil e de todo o mundo lançaram um apelo pelo fim do genocídio em Gaza, exigindo a abertura imediata de um corredor humanitário e proteção à Flotilha Global Sumud, que ruma à região.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 697

Declaração internacional conjunta pede proteção à Flotilha

Um grupo diverso de parlamentares e autoridades eleitas de diferentes países lançou uma declaração conjunta exigindo medidas urgentes da comunidade internacional para pôr fim ao genocídio contra o povo palestino e garantir acesso humanitário imediato à Faixa de Gaza. O documento, intitulado “Joint Statement: a call for immediate action to ensure humanitarian access to Gaza and to end the genocide of the Palestinian people”, reúne dezenas de signatários da Europa, América Latina e outras regiões, incluindo representantes do Brasil, Espanha, Portugal, Argentina, Polônia, Irlanda e Suécia.

A carta denuncia o uso da fome como arma de guerra, prática proibida pela Convenção de Genebra, e lembra que qualquer ocupação é ilegal segundo o direito internacional. Os signatários afirmam que “a história não julgará as palavras, mas as ações” daqueles que hoje têm responsabilidade em proteger vidas civis palestinas.

Um dos pontos centrais do documento é a defesa daGlobal Sumud Flotilla, iniciativa internacional que pretende levar ajuda humanitária diretamente a Gaza. O texto frisa que a flotilha é uma ação legal e pacífica, baseada no direito de solidariedade da sociedade civil, e, por isso, não pode ser atacada ou bloqueada. Os parlamentares apelam para que governos e organismos internacionais garantam a segurança da missão até que ela chegue ao destino.

Entre os nomes de peso que subscrevem o apelo estão a ex-prefeita de Barcelona Ada Colau, a deputada portuguesa Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda), o deputado argentino Juan Carlos Giordano (Izquierda Socialista), além de representantes da esquerda polonesa e da esquerda sueca. Do Brasil, a iniciativa conta com assinaturas de parlamentares do PT e do PSOL, como as deputadas federais Luizianne Lins e Sâmia Bomfim, além de figuras solidárias à causa como Luiza Erundina e Ivan Valente.

O texto também recebeu apoio de eurodeputados de diferentes partidos, entre eles membros do Bloco de Esquerda, do Partido Socialista português, do Podemos espanhol, do Razem polonês, de ecologistas belgas, italianos e franceses, além de parlamentares independentes da Irlanda e da Escandinávia.

A declaração conjunta reforça que cabe aos Estados agir imediatamente, sem “desculpas ou atrasos”, para garantir a abertura de um corredor humanitário seguro e contínuo para Gaza. A omissão diante do bloqueio israelense, argumentam os signatários, equivale a cumplicidade em crimes de guerra.

Com um leque plural de apoios, que vai de movimentos municipalistas espanhóis a lideranças latino-americanas de esquerda, passando por representantes do Parlamento Europeu, o documento sinaliza uma tentativa de articular pressão política global em defesa da causa palestina. Mais do que um apelo humanitário, o texto é uma acusação direta às potências internacionais pela manutenção da ocupação e do bloqueio.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 88 mártires e 421 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 63.459 e 160.256 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 11.328 mártires e 48.215 feridos.