Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 694

A flotilha, com participantes de 44 países, partirá de portos na Espanha e Tunísia em 31 de agosto e 4 de setembro para quebrar o bloqueio de Gaza, buscando enfrentar o cerco israelense e denunciar o genocídio palestino.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 694

Maior flotilha civil da história se prepara rumo a Gaza

O que está sendo descrito pelos organizadores como a maior missão humanitária da história, a Global Sumud Flotilla está programada para partir em 31 de agosto de vários portos espanhóis e, em 4 de setembro, da Tunísia, com dezenas de barcos transportando participantes de 44 países em direção a Gaza.

A expedição foi anunciada no início de agosto, e contará com a presença da ativista climática sueca Greta Thunberg e da política portuguesa Mariana Mortágua, que partem com o objetivo explícito de quebrar o cerco imposto ao enclave faminto de Gaza.

"Neste verão, dezenas de barcos, grandes e pequenos, partirão de portos ao redor do mundo, convergindo para Gaza na maior flotilha civil de sua espécie na história", disse a organizadora Haifa Mansouri em uma coletiva de imprensa em Túnis.

Mansouri explicou que a missão junta os recursos, participantes e a coordenação de quatro redes que geralmente operam de forma independente: a Maghreb Sumud Flotilla, o Global Movement to Gaza, a Freedom Flotilla Coalition e a Sumud Nusantara.

Ela disse que o objetivo é "quebrar o bloqueio ilegal de Gaza pelo mar, estabelecer um corredor humanitário e confrontar o genocídio em andamento contra o povo palestino".

Seif Abu Keshk, outro organizador, disse que mais de 6.000 ativistas se registraram para participar. “Eles precisam agir para defender os direitos humanos e garantir uma passagem segura para esta flotilha”, disse ele a jornalistas em Barcelona, fazendo um apelo à intervenção política.

Esta flotilha é a terceira a se dirigir a Gaza nos últimos meses, na tentativa de quebrar o cerco e chamar a atenção internacional para a crise humanitária imposta ao enclave.

Em 26 de julho, as forças navais israelenses abordaram ilegalmente o barco Handala, a cerca de 70 milhas náuticas (aproximadamente 130 quilômetros) de Gaza, sequestrando 21 civis, incluindo dois jornalistas da Al Jazeera, a deputada francesa Gabrielle Cathala e a parlamentar europeia Emma Fourreau.

A Freedom Flotilla Coalition afirmou que a apreensão foi ilegal sob a lei internacional, uma vez que foi realizada em águas internacionais.

Anteriormente, em 9 de junho, as forças israelenses apreenderam a embarcação Madleen enquanto ela transportava fórmula infantil e suprimentos médicos para Gaza. Doze ativistas foram detidos, incluindo Thunberg e a eurodeputada Rima Hassan. Israel zombou dos participantes, chamando-os de “celebridades” encenando um “iate de selfies”.

Grupos de direitos humanos, incluindo a European Left e o Adala Human Rights Center, condenaram as apreensões como violações da lei internacional, acusando Tel Aviv de usar a fome como uma arma para encobrir seus crimes de guerra em Gaza.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 88 mártires e 421 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 63.459 e 160.256 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 11.328 mártires e 48.215 feridos.