Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 689

No 24º aniversário do martírio de Abu Ali Mustafa, líder palestino morto em Ramallah por um ataque aéreo israelense, sua memória é cultivada como símbolo de resistência, unidade nacional e luta contra a ocupação.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 689

FPLP: 24º aniversário do martírio do Secretário-Geral, comandante Abu Ali Mustafa

Com a unidade do nosso povo, nossa resistência e a mobilização das forças da nação árabe, deteremos o genocídio e frustraremos o projeto expansionista de Israel”
Se eu tombar, companheiro, tome o meu lugar na luta”

Às bravas massas do nosso povo na pátria e no exílio,

Aos filhos da nossa nação árabe e livres do mundo,

Hoje recordamos o 24º aniversário do martírio do Secretário-Geral da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP), o grande líder nacional e árabe Abu Ali Mustafa, assassinado por aviões sionistas enquanto cumpria sua missão nacional em seu escritório na cidade ocupada de Ramallah. Esse crime covarde deixou como legado um patrimônio honroso de sacrifícios e dedicação, eternizando seu nome entre os grandes da história.

O inimigo tentou matar a ideia ao assassinar quem a carregava, mas o sangue de Abu Ali transformou-se em chama que ilumina os caminhos da resistência e inspira gerações, mantendo viva sua mensagem: “Voltamos para resistir, e sobre os princípios não negociamos”.

Ele dedicou sua vida à Palestina, retornando à pátria ocupada com a convicção de que resistência e unidade são o único caminho para a liberdade e o retorno. Foi símbolo vivo da Palestina resistente, voz dos pobres e trabalhadores, consciência da unidade do nosso povo e exemplo de firmeza revolucionária que jamais conheceu concessões.

Nesta ocasião, prestamos homenagem ao sucessor de sua bandeira, o grande líder nacional e prisioneiro heroico Ahmad Sa’adat, e a seus companheiros que honraram o sangue dos mártires com sua vingança revolucionária contra o criminoso racista Rehavam Ze’evi, reafirmando que o sangue dos nossos líderes e do nosso povo não é barato.

Esta data chega em meio a uma guerra genocida em escalada contra nosso povo na Faixa de Gaza, enquanto a ocupação continua suas políticas de judaização e colonização na Cisjordânia, visando destruir campos de refugiados e expulsar seus habitantes.

Esses crimes pretendem arrancar os palestinos de sua terra e apagar sua identidade nacional, por meio de massacres brutais e da tentativa sistemática de liquidar a causa palestina e o direito do nosso povo a viver com liberdade e dignidade em sua terra.

Diante dessa escalada sem precedentes, a FPLP reafirma, nesta ocasião, seu compromisso com o legado de seu líder mártir, com a unidade do nosso povo e com a continuidade da resistência em todas as frentes para deter os massacres, frustrar os planos da ocupação e proteger os direitos nacionais e históricos do nosso povo. Destacamos:

  1. Prosseguir a ação em todos os níveis – político, popular, de campo e internacional – para deter a guerra genocida contra Gaza e frustrar os planos de expulsão, intensificando os esforços para parar os massacres, proteger os civis e evitar o agravamento da catástrofe humanitária.
  2. Agir com urgência contra o plano de ocupação da cidade de Gaza, expor o apoio direto dos EUA a essa escalada e impedir o deslocamento da população e a destruição da cidade, mobilizando todos os meios políticos e diplomáticos para obrigar a comunidade internacional a intervir.
  3. A gravidade desta etapa exige um programa político abrangente que assegure uma gestão nacional eficaz de todos os assuntos palestinos, incluindo Gaza após a guerra, com a formação de um governo de consenso nacional capaz de decidir de forma livre e eficaz, longe de interferências externas, garantindo a coordenação integrada dos esforços políticos e de campo.
  4. Reerguer as instituições da Organização pela Libertação da Palestina (OLP) mediante a convocação de um Conselho Nacional inclusivo, a fim de reconstruir a legitimidade nacional e proteger os direitos palestinos, pondo fim à política de privilégios e aos acordos parciais.
  5. Aproveitar a onda de solidariedade internacional para exercer pressão real sobre a ocupação, enfrentar a parceria direta dos EUA na agressão, manter a mobilização mundial pelo fim da guerra, impedir o fornecimento de armas ao ocupante e fortalecer campanhas de boicote e sanções. Entre as tarefas também está denunciar e combater a chamada “Agência de Ajuda dos EUA”, apresentada como braço terrorista da agressão sionista-americana.
  6. A nação árabe deve unir forças, investir suas energias e usar todos os instrumentos de poder – diplomáticos, políticos, populares e econômicos, incluindo o petróleo – para derrotar o projeto da “Grande Israel”. Pôr fim à guerra genocida em Gaza e deter a agressão na Cisjordânia são os primeiros golpes fatais nesse projeto até sua derrota.
  7. Sustentar a firmeza do nosso povo em Gaza é uma responsabilidade nacional compartilhada. As autoridades em Gaza, junto da Autoridade Palestina, carregam a maior responsabilidade. A ameaça de invasão da cidade e de expulsão de sua população exige o fortalecimento da solidariedade popular e social, garantindo resiliência permanente diante da guerra.
  8. Apoiar os prisioneiros e prisioneiras nas cadeias da ocupação é um dever nacional e moral, pois são a vanguarda da resistência e sua voz livre, sendo essencial denunciar seu sofrimento e as violações cometidas contra eles.

A Frente Popular renova o compromisso com o grande mártir Abu Ali Mustafa e com todos os mártires da Palestina: ser fiel aos seus princípios, prosseguir na resistência crescente até alcançar os objetivos do nosso povo – a libertação, o retorno e o estabelecimento do Estado da Palestina, do Rio ao Mar, com Jerusalém como capital.

Glória aos mártires; liberdade aos prisioneiros; pronta recuperação aos feridos.

Vitória ao nosso povo e à sua resistência.

E amanhã a névoa se dissipará sobre as colinas – e, com certeza, venceremos.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 51 mártires e 369 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 61.827 e 155.275 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 10.300 mártires e 43.234 feridos.