Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 682

Crianças lideraram nesta terça-feira um ato da Frente Popular em frente ao Hospital Mártires de Al-Aqsa, em Deir al-Balah, exigindo o fim do genocídio e da guerra da fome que castigam a Faixa de Gaza há 22 meses.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 682

FPLP: Crianças de Gaza lideram ato exigindo fim do genocídio

Na manhã desta terça-feira, a Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) realizou uma grande manifestação em frente ao portão do Hospital Mártires de Al-Aqsa, na cidade de Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza. O ato contou com a participação de dirigentes e militantes da Frente, além de um grande número de moradores, líderes comunitários, personalidades nacionais e jornalistas.

Na linha de frente estavam dezenas de crianças, com seus rostos inocentes e gritos espontâneos, erguendo cartazes escritos com lágrimas e dor. Ao lado delas, mães e mulheres representavam a resistência de Gaza com suas vozes e lágrimas, reforçando a mensagem de que nem a infância foi poupada pela agressão. Gaza, através da voz de seus pequenos, enviava ao mundo um recado: Basta de mortes, fome e bloqueio.

A manifestação fez parte de uma série de mobilizações convocadas pela Frente para pressionar a comunidade internacional a pôr fim ao genocídio e à guerra da fome que a população sofre há mais de 22 meses. Nesse período, hospitais, abrigos e casas viraram alvos diretos da ocupação, enquanto o mundo segue impotente, em silêncio ou conivente.

Os participantes ergueram faixas com frases como: “Não ao genocídio: sua brutalidade superou os campos nazistas. Parem o holocausto em Gaza agora. Os civis estão na mira de todos os tipos de armas. Onde está a consciência mundial diante do ataque aos civis? A saúde é um direito humano. Não ao assassinato de pacientes nos hospitais. Gaza clama por salvar seu povo do deslocamento forçado.”

Em seu discurso, a Frente Popular denunciou que Gaza está sendo submetida a um genocídio sistemático contra civis, com hospitais bombardeados, médicos assassinados e pacientes deixados para morrer.

Ressaltou ainda que o povo palestino enfrenta uma política de deslocamento forçado e tentativa de expulsão de sua própria terra, lembrando que as crianças, mulheres e idosos de Gaza não são números de estatísticas, mas vidas inocentes que merecem viver e ser protegidas.

A organização afirmou que o silêncio da comunidade internacional é mais um crime, diante de atrocidades documentadas que ultrapassam todos os limites legais e éticos, representando uma mancha para a humanidade.

Ainda, pediu o julgamento de líderes da ocupação em tribunais internacionais e a aplicação imediata de sanções, ressaltando que a ONU e o Conselho de Segurança estão diante de uma verdadeira prova de credibilidade na proteção de civis.

Por fim, expressou gratidão aos esforços do Egito por enviar ajuda humanitária e aliviar o bloqueio, ao mesmo tempo em que pediu aos países árabes e islâmicos que intensifiquem sua atuação política, imponham pressão econômica contra a ocupação e suspendam qualquer processo de normalização com ela.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 51 mártires e 369 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 61.827 e 155.275 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 10.300 mártires e 43.234 feridos.