Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 677
Lideranças palestinas reunidas no Cairo condenaram a ofensiva israelense em Gaza, exigiram cessar-fogo imediato, fim do bloqueio e unidade nacional, e alertaram para planos de reocupação e expansão sionista na região.

FPLP: Declaração conjunta de forças palestinas no Cairo
Ao nosso povo palestino resistente e firme,
Reuniram-se, na capital egípcia, Cairo, vários líderes das forças nacionais e islâmicas palestinas para discutir o conjunto das evoluções políticas e de campo, especialmente no que diz respeito à guerra de extermínio e fome travada pelo inimigo sionista contra o nosso povo na Faixa de Gaza, além dos esforços para deter essa agressão contínua, que resultou em massacres contra nosso povo, destruição total da infraestrutura e ataques deliberados a casas, hospitais e instalações civis, em flagrante violação de todas as leis e normas internacionais.
Após horas de discussões aprofundadas, os participantes chegaram às seguintes conclusões:
Expressamos total apreço e elogio ao nosso povo firme na Faixa de Gaza e à sua valente resistência, que deram um exemplo sem precedentes na luta contra a mais feroz e brutal agressão já enfrentada pela região e pela nação em geral. Nosso povo demonstrou capacidade extraordinária de paciência, generosidade, sacrifício e entrega, permanecendo firme diante da mais violenta máquina de guerra conhecida pela história moderna. Nesse contexto, as organizações prometem ao nosso povo que não cessarão seu trabalho incansável para pôr fim à agressão e à guerra criminosa contra nós.
As forças e organizações confirmam que a prioridade máxima neste momento é a cessação imediata e total da agressão, o levantamento do bloqueio injusto à Faixa de Gaza e a garantia da entrada imediata, segura e sem obstáculos de ajuda humanitária e de socorro. Ressaltam sua plena disposição em responder a iniciativas e propostas de solução que atendam às nossas exigências nacionais: o fim da agressão, a retirada das forças de ocupação e o levantamento do bloqueio.
Reconhecemos os esforços da República Árabe do Egito, liderada pelo presidente Abdel Fattah Al-Sisi, e do Estado do Qatar em apoiar a causa palestina, atuando para pôr fim ao sofrimento do nosso povo causado pela fome e facilitando a entrada de ajuda humanitária e de socorro na Faixa de Gaza, contribuindo para aliviar o sofrimento. Também destacamos seus esforços em prol da unidade nacional palestina e sua participação direta nas negociações indiretas, em coordenação e parceria com o Qatar, liderado por Sua Alteza o Emir Tamim bin Hamad Al Thani, com o objetivo de deter a agressão contra nosso povo.
Os presentes discutiram os planos do inimigo de reocupar a Faixa de Gaza e tentar deslocar nosso povo ou parte considerável dele, sob diversos pretextos, como a imposição de controle sobre o território – denominações que não refletem a realidade dos crimes cometidos contra a lei e a humanidade. Ressaltamos a necessidade de enfrentar tais planos e empregar todos os esforços para detê-los imediatamente.
Foram examinados os esforços para encerrar esta contínua agressão bárbara diante das posições obstrutivas sionistas e das informações contraditórias divulgadas pelo inimigo sobre sua postura nessas negociações – sendo a mais recente delas a retirada injustificada das negociações em Doha, quando estas quase haviam chegado a um acordo sério.
As forças e organizações palestinas alertam sobre o plano sionista de judaização na Cisjordânia ocupada, que busca impor controle total, deslocar a população, confiscar terras e introduzir milhões de colonos como parte de um projeto gradual de substituição. Os crimes da ocupação incluem deslocamento silencioso, confisco de terras, violação de locais sagrados e divisão temporal e espacial da Mesquita de Al-Aqsa. Ressaltamos a necessidade de elaborar planos nacionais urgentes para enfrentar esse projeto, proteger a presença palestina e árabe e frustrar os planos coloniais.
O enfrentamento dos planos sionistas na Cisjordânia e em Gaza exige a construção de uma verdadeira e séria unidade nacional. Nesse sentido, convidamos o Egito irmão a patrocinar e sediar uma reunião nacional urgente de todas as forças e organizações palestinas, com o objetivo de acordar uma estratégia nacional e um programa prático para enfrentar os planos da ocupação, parar o genocídio e alcançar os objetivos e aspirações nacionais do nosso povo, especialmente a restauração da nossa unidade nacional e o estabelecimento de um Estado palestino independente, com Jerusalém como capital.
Reafirmamos que o chamado “Grande Israel”, reiterado pelo primeiro-ministro inimigo Benjamin Netanyahu, é um projeto expansionista sionista que ameaça a segurança nacional árabe e os direitos do povo palestino, tendo como alvos específicos o Egito, a Jordânia, a Arábia Saudita, a Síria, o Iraque e o Líbano, exigindo esforços árabes conjuntos para frustrá-lo e proteger a nação.
Os presentes elogiaram a mobilização internacional em apoio ao povo palestino, que evidencia o isolamento da entidade sionista, exceto entre os extremistas que lhe fornecem cobertura política e apoio logístico para continuar essa guerra insana.
As forças e organizações convocam os irmãos árabes, os amigos no mundo, as Nações Unidas e as instituições de direitos humanos a assumirem suas responsabilidades históricas e legais para com o povo palestino, exercendo pressão séria sobre a ocupação para que cesse imediatamente seus crimes e seja responsabilizada por suas violações contínuas.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 69 mártires e 362 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 61.499 e 153.575 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 9.989 mártires e 41.534 feridos.