Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 673

Multidão se despede no campo de Yarmouk, na Síria, de quadros da FPLP mortos em ataque aéreo israelense no Líbano, em cortejo marcado por homenagens, promessas de resistência e apelos à unidade.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 673

Neste sábado (09), uma grande multidão de nosso povo se reuniu no campo de Yarmouk, na Síria, para acompanhar o cortejo fúnebre dos líderes heróis Mohammad Khalil Washah (Abu Khalil), membro do Comitê Central da Frente Popular para a Libertação da Palestina, e Mufid Hassan Hussein (Abu Ahmad), em uma cerimônia solene, marcada por gritos exigindo vingança pelo sangue de nossos líderes e mártires, reafirmando a libertação da Palestina do rio ao mar, e assegurando que esses assassinatos não quebrarão a determinação de nosso partido, de nosso povo e de nossa resistência no caminho da luta, da libertação e do retorno.

O camarada Omar Murad, membro do Bureau Político da Frente Popular, discursou na despedida dos líderes:

Camaradas e companheiras, irmãos e irmãs

Familiares dos mártires e moradores dos campos na Síria,

Com grande honra, orgulho e dignidade, a Frente Popular para a Libertação da Palestina se despede de seus dois mártires, que ascenderam à glória no caminho de Palestina e Jerusalém, aqui no campo de Yarmouk, campo dos mártires, campo do retorno e da libertação.

Não importa que morramos ao som do grito da guerra… não importa… não importa, desde que depois de nós haja quem carregue a arma, continue a luta e levante a bandeira da vitória.

Se houver quem continue, nós não morremos.

O mártir comandante Mohammad Khalil Washah (Abu Khalil) e o mártir herói Mufid Hassan Hassan (Abu Ahmad) foram alvos de um ataque aéreo sionista no Vale do Beqaa, no Líbano, anteontem.

O camarada Abu Khalil era membro do Comitê Central da Frente, responsável militar e de segurança, e o camarada Mufid Hassan trabalhava no serviço de segurança e escolta. Foi uma trajetória de luta marcada por dedicação constante, sacrifícios ilimitados, e banhada em sangue. Glória a vocês, nossos mártires, e a todos os mártires.

Hoje, seu sangue se mistura ao dos mártires em Gaza, na Cisjordânia, no Líbano e na Síria, como continuidade da caravana de mártires que tombaram nos caminhos da revolução, desde a “terça-feira vermelha”, passando por Mohammad Jamjum, Atta al-Zir, Fouad Hijazi, o xeque Izz al-Din al-Qassam, Abdel Qader al-Husseini, Abdel Rahim Mahmoud, Ghassan Kanafani, Guevara de Gaza, Abu Ali Mustafa, Nidal Abdel Aal, e todos os mártires da revolução.

O camarada Abu Khalil se destacava pela firmeza, determinação e postura, sempre à frente, consciente e desafiador, sabendo que era um “projeto de mártir”. Assumiu as tarefas mais complexas e perigosas com total empenho em manter o combate e ferir o inimigo. Em sua convicção, somos um só povo, uma só causa, e uma revolução que deve continuar e crescer enquanto o inimigo ocupar nossa terra, derramar nosso sangue e prosseguir com sua agressão racista e fascista, numa guerra de extermínio e destruição, fome e cerco – é a filosofia e a doutrina do genocídio e da limpeza étnica sionista.

A ideologia do camarada Abu Khalil, e o pensamento da Frente Popular, é que o conflito com o inimigo é existencial, que nossa revolução deve prosseguir, e que nossas armas devem permanecer apontadas contra o inimigo sionista, não importando sua força, arrogância, fascismo e racismo.

Quanto ao camarada Mufid, jurou mais de uma vez que seguiria por esse caminho, pois é o caminho da verdade e da revolução, custasse o que custasse, com a frase que sempre repetia: “Com vocês até a morte.”

Sim, é uma trajetória de sacrifício e devoção, e o martírio é o desejo dos revolucionários, assim como a vitória e a libertação.

E perdoem-nos, nosso povo em Gaza, talvez não possamos levar-lhes alimentos e remédios como deveríamos, mas podemos oferecer nosso sangue e nossas vidas a vocês e pela Palestina.

Parabéns, meus camaradas, pela insígnia do martírio – pois os revolucionários não morrem. Continuaremos fiéis à promessa, seguindo as palavras de Ghassan Kanafani:

“Não morra antes de enfrentar o inimigo.

Cuidado com a morte natural.

Juramos que não abaixaremos as armas, nem enrolaremos as bandeiras…

Ou toda a Palestina, ou o fogo, geração após geração.”

Murad concluiu seu discurso prestando homenagem ao nosso povo lutador na Palestina e em todo lugar, e a todos que apoiam nossa causa e oferecem todos os meios para resistência e firmeza.

Glória aos mártires, liberdade aos prisioneiros e cura aos feridos.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 119 mártires e 866 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 60.839 e 149.588 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 9.350 mártires e 37.547 feridos.