Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 642
A última cidade totalmente cristã da Cisjordânia ocupada,= enfrenta ataques diários de colonos israelenses, incêndios e destruição de terras. Líderes denunciam a ameaça e pedem ajuda da comunidade internacional.

Cidade cristã na Cisjordânia sob ataque de colonos
Os líderes das três principais igrejas de Taybeh – a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Católica Latina e a Igreja Católica Grega Melquita – emitiram um comunicado urgente condenando uma recente onda de violência de colonos na cidade, incluindo incêndios criminosos e destruição de terras.
Na segunda-feira, 7 de julho, colonos israelenses atearam fogo a terras agrícolas próximas ao cemitério e às ruínas da Igreja de São Jorge, do século V, um dos locais cristãos mais antigos da Palestina. Moradores correram para apagar as chamas antes que se espalhassem, mas padres alertaram que uma grande catástrofe foi evitada por pouco. Apesar de múltiplas chamadas de emergência durante o incidente, nenhuma força policial chegou ao local.
Conhecida no Novo Testamento como Efraim (João 11:54), Taybeh é a última vila totalmente cristã da Cisjordânia ocupada, lar de uma comunidade que preserva sua fé e cultura há mais de dois mil anos. Essa continuidade agora está sob ameaça. Postos ilegais de colonos foram estabelecidos na parte leste da cidade, onde colonos pastoreiam gado diariamente em terras agrícolas pertencentes a famílias locais, danificando oliveiras, destruindo plantações e privando os moradores de seu sustento.
Segundo os residentes, os ataques começaram há cerca de duas semanas e desde então se tornaram quase diários.
O clero alertou que essa área leste, que representa mais da metade do território da cidade e inclui suas principais terras agrícolas, “se tornou um alvo aberto” para a expansão de colonos sob proteção das forças israelenses.
Os padres pediram uma investigação “imediata e transparente” sobre os ataques, afirmando que eles representam não apenas assédio, mas uma ameaça existencial ao povo, à terra e ao patrimônio sagrado da cidade.
Taybeh é apenas uma das muitas comunidades palestinas em toda a Cisjordânia enfrentando um aumento na violência de colonos – frequentemente cometida com impunidade e com o respaldo das forças de ocupação israelenses.
“Não podemos permanecer em silêncio diante desses ataques implacáveis”, escreveram os líderes religiosos, apelando a instituições locais e internacionais, especialmente representantes e diplomatas da igreja, para que intervenham antes que mais danos sejam causados.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 52 mártires e 262 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 57.575 e 136.879 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 7.013 mártires e 24.838 feridos.