Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 639
Plano propõe transformar Gaza em zona de investimentos, levantando alertas sobre deslocamento forçado e apagamento da causa palestina sob o pretexto de reconstrução e desenvolvimento econômico regional.

FPLP: Gaza não é um terreno à venda
A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) alerta com preocupação sobre o plano perigoso e suspeito revelado pelo jornal Financial Times, liderado por empresários sionistas em cooperação com a empresa americana Boston Consulting Group e a Fundação Tony Blair. O objetivo é liquidar a causa palestina a partir da Faixa de Gaza, transformando-a em um projeto de investimento construído sobre os escombros do nosso povo.
Esse plano suspeito, que leva o nome de The Grand Trust, é uma nova versão dos projetos de judaização da terra e desmantelamento da causa palestina por meio da promoção do chamado “paz econômica” como substituto dos direitos nacionais. Ele busca impor uma realidade colonial que sirva à visão da ocupação sionista e suas extensões regionais e internacionais. O plano visa diretamente arrancar centenas de milhares de palestinos de sua terra, por meio de incentivos financeiros e ajudas suspeitas, transformando a Faixa de Gaza em uma zona econômica sob administração da ocupação.
A Frente afirma que esses projetos, com suas fantasias coloniais, são uma extensão da visão liquidacionista de Netanyahu e fazem parte de planos de deslocamento em massa e desmantelamento da identidade nacional palestina, transformando Gaza em uma “Riviera colonial” gerida com recursos de entidades suspeitas e com terras vendidas a investidores — numa tentativa de inventar um novo sistema de colonização sob o nome de “colonialismo industrial”.
A Frente adverte qualquer entidade internacional a não se envolver nesse plano, que não terá outro destino senão o fracasso — como fracassaram todas as tentativas anteriores de liquidar a nossa causa. A Frente afirma que Gaza não é um imóvel à venda, mas uma parte viva e autêntica da Palestina histórica, e que nenhuma força no mundo poderá arrancá-la de seu povo — nem com genocídio, nem com bloqueio, nem com destruição sistemática, nem com deslocamento forçado.
A Frente convoca todas as forças do nosso povo a elevar o nível de alerta e vigilância, fortalecer a frente interna contra os projetos de deslocamento e reconstrução condicionada e armadilhada, unir-se contra esses projetos coloniais suspeitos, e manter o apego ao direito histórico à terra, ao retorno e à liberdade.
O nosso povo palestino — com o povo firme e resistente de Gaza em seu coração — enfrentará esses projetos com toda força e determinação, e não permitirá que americanos, sionistas ou a aliança entre capital e colonialismo imponham seus planos sobre os escombros de nossos mártires e as feridas de nossas crianças.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 88 mártires e 365 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 56.500 e 133.419 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 6.175 mártires e 21.378 feridos.