Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 629
O ministro da Defesa da ocupação, Israel Katz, ordenou ao exército que prepare um plano militar contra os programas nuclear e de mísseis do Irã, alertando que ataques podem ocorrer mesmo durante o cessar-fogo.

Ministro sionista ameaça Irã novamente
O ministro da Defesa da ocupação, Israel Katz, anunciou que instruiu o exército israelense a preparar um plano militar visando os programas nuclear e de mísseis do Irã, bem como suas alianças regionais.
Em uma publicação no Twitter, Katz afirmou que o “plano de execução” se concentraria em “manter a superioridade aérea de Israel, impedir o avanço nuclear e a produção de mísseis, e responder ao Irã por apoiar atividades terroristas contra Israel”.
“Agiremos regularmente para frustrar tais ameaças”, acrescentou, alertando os líderes iranianos para que “entendam e tomem cuidado: a Operação Leão Ascendente foi apenas a prévia de uma nova política israelense — depois de 7 de outubro, a imunidade acabou”.
Em uma entrevista separada ao Canal 12 de Israel, Katz detalhou que o plano seria implementado independentemente do atual cessar-fogo.
“Estamos dizendo de forma inequívoca: uma vez que os iranianos violem [o acordo], nós atacaremos”, disse ele. Ressaltou que Tel Aviv não buscará a aprovação dos EUA para tais ações, comparando a abordagem aos ataques israelenses no Líbano, “só que 100 vezes mais intensos”.
As declarações de Katz vêm após um cessar-fogo mediado pelos EUA no início da semana, encerrando uma guerra de 12 dias entre Israel e Irã. A trégua, anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, foi precedida por ataques aéreos norte-americanos contra três instalações nucleares iranianas, incluindo o complexo de Fordow.
Apesar do cessar-fogo, autoridades israelenses ameaçaram repetidamente atacar o Irã novamente caso tente restaurar sua infraestrutura estratégica.
O New York Times noticiou a alegação de Katz de que Israel está determinado a impedir o avanço de “mísseis de longo alcance ameaçadores”, enquanto continua a enfraquecer as capacidades aéreas do Irã.
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, advertiu: “O Irã não é o Líbano… Não aceitamos qualquer cessar-fogo ou suspensão de operações que implique um arranjo acordado”. Ele acrescentou que Teerã “responderá de forma decisiva a qualquer violação por parte do regime sionista”.
Nos bastidores, Washington tem buscado reabrir as negociações nucleares.
Segundo uma reportagem da CNN, o governo Trump está considerando uma proposta para financiar um programa nuclear civil iraniano no valor de 20 a 30 bilhões de dólares por meio de parceiros do Golfo.
Os termos preliminares proibiriam o enriquecimento de urânio, permitiriam o acesso a fundos restritos e potencialmente removeriam algumas sanções. As negociações vêm sendo mediadas principalmente pelo Catar, sem data final definida para a sexta rodada de conversas.
Embora Trump tenha minimizado publicamente a necessidade de um novo acordo nuclear, o enviado dos EUA, Steve Witkoff, afirmou que o objetivo continua sendo “um acordo de paz abrangente”, sugerindo a apresentação de um possível termo de compromisso ao Irã.
No entanto, parlamentares iranianos já aprovaram uma legislação encerrando a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), medida que Teerã afirma ter sido uma resposta aos ataques aéreos israelenses e aos vazamentos de inteligência.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 79 mártires e 289 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 56.077 e 131.848 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 5.759 mártires e 19.807 feridos.