Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 624

Organizações da resistência condenaram com veemência o recente atentado dos EUA às instalações nucleares iranianas de Fordow, Natanz e Isfahan, ocorrido no contexto da crescente tensão regional.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 624

FPLP: Resistência palestina se manifesta sobre atentado americano

Organizações da resistência no Oriente Médio condenaram com veemência o recente ataque militar dos Estados Unidos a instalações nucleares iranianas, ocorrido no contexto da crescente tensão regional. O bombardeio, que atingiu locais estratégicos como Fordow, Natanz e Isfahan, foi amplamente considerado como uma perigosa escalada e uma violação do direito internacional.

O Hamas classificou o ataque como uma “escalada perigosa” e um flagrante desrespeito às normas internacionais. Em comunicado, o grupo responsabilizou os Estados Unidos e “Israel” pelas possíveis consequências e declarou total solidariedade ao Irã, afirmando confiar na capacidade iraniana de defender sua soberania e resistir ao que chamou de “arrogância global”.

O Bureau Político do movimento Ansarallah, do Iêmen, também denunciou o ataque como uma violação grave do direito internacional e um risco à segurança regional e mundial. Para o grupo, a ofensiva está ligada ao apoio incondicional dos EUA a “Israel” e faz parte de uma campanha mais ampla contra forças pró-palestinas e anti-sionistas. Ansarallah advertiu que, se o mundo islâmico permanecer inerte, novos ataques podem se espalhar além de Gaza e do Irã.

A Jihad Islâmica Palestina (PIJ) chamou os EUA de “principal inimigo do progresso regional” e “patrocinador do terrorismo sionista”. O grupo alertou que as políticas norte-americanas não apenas ameaçam o Oriente Médio, mas também os interesses globais e até mesmo os próprios EUA. Em tom de solidariedade, reafirmou apoio total ao Irã e apelou ao mundo muçulmano para reconhecer o ataque como parte de um projeto mais amplo de dominação.

O Movimento dos Mujahidins Palestinos criticou duramente a ofensiva, descrevendo-a como uma violação explícita da soberania do Irã. A organização acusou os EUA e “Israel” de serem os principais fomentadores do terrorismo global e de ameaçarem a paz mundial. A nota reiterou apoio ao povo e à liderança iraniana e pediu unidade ao mundo muçulmano frente ao que classificou como uma agressão contra toda a região.

Os Comitês de Resistência Popular da Palestina também condenaram o ataque, descrevendo-o como um “ataque à região inteira” e parte dos crimes sionistas. O grupo acusou a administração americana de ser a “raiz do mal global” e afirmou que o objetivo da ofensiva foi proteger “Israel” após sua resposta militar fracassada ao Irã. Eles exaltaram a resiliência do povo iraniano e conclamaram os povos livres do mundo a se unirem contra o que chamam de projeto EUA-Israel de dominação.

As recentes declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas quais admite que a construção da Barragem do Renascimento na Etiópia foi financiada de forma “estúpida” por Washington, provocaram indignação entre grupos de resistência e ampliaram a percepção de que os EUA estão diretamente envolvidos na desestabilização da região em benefício de interesses sionistas.

Para a Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP), o reconhecimento explícito do papel americano nesse projeto que ameaça a segurança hídrica do Egito reforça a existência de uma agenda mais ampla de dominação e agressão contra os povos árabes. A Frente destaca que tal interferência não se limita ao campo econômico, mas faz parte de um plano político e estratégico para enfraquecer países-chave da região, como o Egito, em prol da hegemonia israelense, alertando para a necessidade urgente de uma resposta árabe e africana coordenada frente a esse cenário de ingerência externa.

Em resposta aos recentes ataques, o Corpo da Guarda da Revolução Islâmica (IRGC) do Irã anunciou a 20ª onda da Operação Promessa Verdadeira 3, utilizando mísseis de longo alcance com combustível líquido e sólido. De acordo com o IRGC, a ofensiva teve como alvos o Aeroporto Ben Gurion, o centro de pesquisa biológica do regime sionista e diversas bases logísticas, além de centros de comando e controle israelenses. Um comunicado oficial, detalhando os impactos e os objetivos estratégicos da operação, será divulgado em breve pelo porta-voz da operação ao povo iraniano.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 144 mártires e 560 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 55.637 e 129.880 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 5.334 mártires e 17.839 feridos.