Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 623
Partidos Comunistas de diversos países reagiram à escalada da guerra no Oriente Médio com duras críticas ao imperialismo, expressando a sua solidariedade aos povos em luta, especialmente palestinos e iranianos.

FPLP: Iêmen ameaça navios dos EUA
A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) valoriza altamente a posição firme anunciada pelas Forças Armadas do Iêmen, que afirmaram que “os navios e destroieres americanos no Mar Vermelho serão alvos legítimos caso os Estados Unidos se envolvam em qualquer agressão contra a República Islâmica do Irã”, além de declarar sua prontidão para apoiar qualquer país árabe ou islâmico que esteja sendo alvo de agressão sionista.
Esta posição representa um desenvolvimento importante e corajoso, refletindo uma profunda consciência da natureza da fase atual, bem como da unidade da luta e do destino comum diante da agressão sionista-americana.
Este anúncio audacioso do Iêmen resistente reflete uma bússola verdadeira de enfrentamento e envia uma mensagem clara ao inimigo americano: “há forças vivas na nação prontas para enfrentar e estar na linha de frente da defesa”.
Convidamos as massas da nação, suas forças nacionais e revolucionárias, e todos os livres do mundo a compreenderem a gravidade do momento e a se juntarem a esta batalha justa, na qual Irã, Palestina, Iêmen e Líbano estão na linha de frente do enfrentamento contra a cabeça do crime global — os Estados Unidos — e sua aliada "Israel", em defesa da liberdade, soberania e dignidade humana.
Partidos Comunistas se manifestam sobre regionalização da guerra no Oriente Médio
Diante da intensificação dos confrontos no Oriente Médio e da ameaça crescente de uma guerra regional envolvendo Irã, Israel, Estados Unidos e outros atores, diversos Partidos Comunistas, sobretudo do bloco revolucionário do MCI, emitiram comunicados oficiais repudiando a escalada militar e denunciando a ofensiva do imperialismo.
A seguir, destacamos as principais declarações colhidas nos últimos dias, que refletem as posições políticas adotadas pelos comunistas frente ao atual estágio da guerra.
Partido Comunista da Palestina
Em nota divulgada em árabe, o Partido Comunista da Palestina classificou os recentes ataques israelenses ao Irã e à população palestina como parte de um projeto sistemático de expansão colonial, afirmando que “o inimigo sionista busca ampliar sua agressão com o total apoio do imperialismo americano”. O partido reiterou que a luta do povo palestino é inseparável da luta internacional contra o imperialismo e que “a única saída é intensificar a resistência e mobilizar os povos árabes e progressistas do mundo”.
Partido Tudeh do Irã
O tradicional Partido Comunista iraniano, Tudeh, afirmou que o futuro do Irã deve ser decidido por seu povo e condenou tanto a agressão imperialista quanto o autoritarismo teocrático interno. Em sua declaração, o Tudeh rejeita que o regime iraniano utilize a luta contra Israel como instrumento de legitimação, ao mesmo tempo em que reprime trabalhadores e opositores dentro do país. “O povo iraniano precisa de democracia, soberania popular e libertação do imperialismo e da autocracia interna”, declarou.
Partido Comunista da Grécia
O KKE exigiu publicamente que o governo grego encerre toda cooperação militar com Israel e que se retire de alianças com os Estados Unidos e a OTAN na região. Segundo o secretário-geral Dimitris Koutsoumbas, “o Estado assassino de Israel, com apoio direto do imperialismo americano, representa uma ameaça à paz e à estabilidade”. A organização também acusou a União Europeia de cumplicidade com os crimes israelenses.
Partido Comunista da Turquia
O TKP publicou uma nota afirmando que a agressão israelense não é um episódio isolado, mas parte de uma estratégia global de dominação. “O sionismo e o imperialismo estão por trás da devastação de todo o Oriente Médio. Essa guerra é contra os povos”, declarou o partido. Os comunistas turcos destacaram ainda a importância da solidariedade ativa com os povos palestino, iraniano, libanês e iemenita.
Partido Comunista do México
Em comunicado divulgado em seu site, o Partido Comunista do México condenou a agressão de Israel ao Irã e a Gaza, caracterizando-a como “um crime orquestrado pelo imperialismo internacional, especialmente pelos EUA e seus aliados”. O partido conclamou os trabalhadores a se mobilizarem contra a guerra e a intensificarem a luta anti-imperialista na América Latina.
Partido Comunista Revolucionário da França
A Juventude Comunista ligada ao PCRF publicou uma longa análise das lutas de classes no Oriente Médio, abordando criticamente o papel do “bloco da resistência”. Embora saudando a luta do povo palestino como uma “guerra justa contra o capitalismo internacional”, o partido rejeita eventuais ilusões em alianças com Estados como Irã, Síria ou Turquia, que, segundo eles, operam sob lógicas burguesas e integradas ao sistema imperialista. O PCRF afirma que apenas o marxismo-leninismo permite identificar com clareza os conflitos de classe e organizar uma resistência internacionalista consequente.
As declarações revelam uma ampla convergência na denúncia do papel de Israel e dos EUA como agentes centrais da guerra, mas também diferenças quanto à leitura das alianças regionais e dos regimes locais envolvidos. Em comum, os Partidos Comunistas reafirmam que apenas a mobilização popular, socialista e anti-imperialista pode dar fim à guerra e abrir caminho para a soberania dos povos do Oriente Médio.
O PCBR manifestou-se, afirmando que a escalada contra o Irã expressa a continuidade da guerra imperialista global. O partido condena o envolvimento do Brasil com o complexo industrial-militar israelense e criticou a postura ambígua do governo brasileiro, que, embora condene verbalmente o genocídio palestino, mantém relações comerciais e militares com Tel Aviv. O PCBR reitera sua solidariedade ao povo iraniano e a todas as forças que resistem à dominação imperialista.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 144 mártires e 560 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 55.637 e 129.880 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 5.334 mártires e 17.839 feridos.