Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 621

O Irã alertou que responderá com força caso os EUA se envolvam diretamente nos ataques israelenses, enquanto Washington reposiciona forças na Ásia Ocidental diante do acirramento do conflito na região.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 621

EUA reposicionam forças na Ásia Ocidental

os EUA começaram a realocar aeronaves e ativos navais de locais militares estratégicos na Ásia Ocidental devido a preocupações com uma possível retaliação do Irã, disseram dois oficiais americanos a repórteres sob condição de anonimato.

O esforço de reposicionamento inclui aeronaves que não estão abrigadas em abrigos reforçados na Base Aérea de Al-Udeid, no Qatar, e embarcações navais anteriormente estacionadas no porto do Bahrein, sede da 5ª Frota da Marinha dos EUA. Um dos oficiais afirmou que as movimentações fazem parte dos procedimentos padrão de proteção das forças. “Não é uma prática incomum”, disse o oficial. “A proteção das forças é a prioridade.”

A embaixada dos EUA em Doha emitiu um alerta de segurança no dia seguinte, advertindo o pessoal da embaixada e cidadãos americanos para aumentarem a vigilância e anunciando uma restrição temporária ao acesso à base de Al-Udeid, a maior instalação militar dos EUA na região.

As medidas ocorrem enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, continua a sinalizar ambiguidade sobre se Washington se unirá à guerra em curso de Israel contra o Irã. “Talvez eu faça isso. Talvez eu não faça. Quer dizer, ninguém sabe o que eu vou fazer”, disse Trump a repórteres na quarta-feira, do lado de fora da Casa Branca.

Segundo uma reportagem da Bloomberg citando fontes não identificadas, autoridades americanas de alto escalão estão se preparando para um possível ataque ao Irã nos próximos dias, com alguns apontando o final de semana como uma possível janela. A situação foi descrita como fluida e sujeita a mudanças.

Desde o início da campanha aérea israelense em 13 de junho, ataques aéreos atingiram infraestrutura nuclear e de mísseis do Irã, levando a evacuações em massa em Teerã e outras localidades. Israel afirma que a operação tem como objetivo impedir o Irã de produzir uma arma nuclear. Teerã nega que esteja buscando armamento nuclear.

O enviado do Irã à ONU em Genebra disse na quarta-feira que Teerã já alertou Washington de que responderá de forma decisiva se os EUA se envolverem diretamente no esforço de guerra de Israel.

“Se confirmarmos o envolvimento dos EUA nos ataques contra nós, vamos responder”, disse o embaixador Ali Bahreini. “Não teremos hesitação em defender nosso povo, nossa segurança e nosso território – responderemos de forma séria e forte, sem restrições.”

Bahreini acrescentou que Teerã já considera Washington cúmplice das ações israelenses e expressou preocupação de que os EUA possam ajudar em um possível ataque à instalação nuclear fortificada de Fordow, no Irã.

Os EUA também enviaram mais tropas e caças para a região e mantêm cerca de 60.000 militares espalhados pela Ásia Ocidental.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 144 mártires e 560 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 55.637 e 129.880 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 5.334 mártires e 17.839 feridos.