Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 619
Um míssil iraniano atingiu o maior complexo de refino de petróleo de Israel, matando três pessoas e forçando o fechamento total da instalação, em mais um ataque estratégico à infraestrutura energética no conflito.

FPLP: Massacre em Gaza sob premissa de 'combate ao Irã'
Em um novo crime bárbaro e expressão intensificada da guerra de extermínio, a ocupação sionista cometeu na manhã de hoje um massacre horrível ao atacar multidões de civis sitiados que aguardavam ajuda humanitária a leste de Khan Yunis, resultando no martírio de mais de 50 pessoas e ferindo mais de 200 outras, em uma cena que se repete diariamente em meio a um silêncio internacional absoluto e uma cumplicidade escancarada.
Este massacre é parte de uma série de assassinatos em massa sistemáticos contra nosso povo em Gaza, que a ocupação executa sob o pretexto da guerra agressiva americano-sionista contra o Irã, paralelamente a um apagão midiático deliberado que visa ocultar seus crimes contínuos contra o povo palestino.
As chamadas “empresas de ajuda humanitária” e suas fachadas de segurança fictícias se transformaram em ferramentas de assassinato em massa organizado, usadas para reunir civis sitiados e famintos sob falsas promessas humanitárias, para então transformá-los em alvos diretos do fogo da ocupação. Trata-se de um mecanismo calculado de assassinato, operado sob uma falsa cobertura humanitária, que deve ser exposto e combatido por todos os meios.
A Frente conclama os livres do mundo, as vozes livres e os movimentos anticolonialistas a se mobilizarem urgentemente para romper o silêncio, pôr fim a esta guerra total contra nosso povo e enfrentar as políticas do inimigo que utiliza a ajuda como ferramenta de assassinato dos famintos.
Refinaria em Haifa é fechada após ataque iraniano
A maior refinaria de petróleo de Israel foi forçada a encerrar suas atividades em 16 de junho após um ataque com mísseis iranianos causar danos extensos ao complexo da Bazan Group, em Haifa, matando três trabalhadores e desativando sua principal estação de energia, segundo informou o Calcalist israelense.
“Como resultado dos danos ao complexo da Bazan Group, a usina responsável por gerar parte do vapor e da eletricidade usados pelas instalações do grupo foi significativamente danificada. Houve também outros danos”, anunciou o grupo Bazan.
“Por ora, todas as operações da refinaria e de suas subsidiárias em Haifa foram interrompidas. A empresa está trabalhando em coordenação com a Israel Electric Corporation, que foi mobilizada imediatamente, para restabelecer o fornecimento regular de eletricidade ao complexo o mais rápido possível”, acrescentou a companhia.
O complexo da Bazan fornece cerca de 60% do diesel e quase metade da gasolina consumida em Israel.
A negociação das ações do grupo Bazan foi suspensa por várias horas na segunda-feira, com a Bolsa de Tel Aviv citando “falta de clareza” como motivo da paralisação. Mais tarde, foi confirmado que a suspensão ocorreu após o ataque iraniano ao complexo da empresa em Haifa.
Embora a principal atividade da Bazan seja o refino de petróleo, ela também fabrica matérias-primas para os setores de plásticos e produtos químicos.
No dia anterior, 15 de junho, ataques com mísseis e drones iranianos causaram danos localizados a oleodutos nas instalações de downstream do complexo, resultando em paralisações parciais. No entanto, a maior parte das operações continuava funcional naquele momento.
Desde o ataque surpresa israelense ao Irã e os subsequentes confrontos, ambos os lados têm buscado atingir a infraestrutura energética do outro, numa tentativa de minar a estabilidade econômica e interromper cadeias vitais de abastecimento.
Enquanto mísseis iranianos atingem a infraestrutura energética israelense e Tel Aviv intensifica sua campanha de bombardeios contra alvos civis no Irã, declarações diplomáticas de ambos os lados revelam a crescente preocupação internacional com a rápida escalada da guerra.
O presidente iraniano Masoud Pezeshkian afirmou ao parlamento que Teerã “não busca armas nucleares” e que o país “deve se manter firme contra essa agressão criminosa genocida.”
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, chamou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu de “criminoso de guerra”, acusando-o de provocar deliberadamente o conflito para sabotar os esforços de aproximação diplomática entre Teerã e Washington.
Questionado sobre a possibilidade de atacar o líder supremo do Irã, Netanyahu declarou: “Isso não vai escalar o conflito. Vai encerrá-lo.”
O presidente dos EUA, Donald Trump, falando na cúpula do G7 no Canadá, instou Teerã a iniciar conversas de distensão com Israel “antes que seja tarde demais”.