Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 614

Em encontro com a Frente Popular pela Libertação da Palestina, o presidente do Irã denunciou os crimes de Israel e responsabilizou divisões internas no mundo islâmico pela continuidade da agressão contra Gaza.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 614

Irã e FPLP discutem estratégias para conter genocídio em Gaza

O presidente iraniano, Dr. Massoud Bezhkian, recebeu na capital Teerã uma destacada delegação de liderança da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP), chefiada pelo vice-secretário-geral, camarada Jamil Mazhar. As duas partes discutiram os últimos desdobramentos da causa palestina e formas de fortalecer a coordenação e apoio frente aos crimes sionistas contínuos contra o povo palestino, especialmente na Faixa de Gaza.

Mazhar: Mobilização total para deter o genocídio e a limpeza étnica em Gaza

O camarada Jamil Mazhar iniciou o encontro transmitindo as saudações do secretário-geral da FPLP, camarada Ahmad As’adat, dos membros do bureau político e de todo o povo palestino. Ele destacou a profundidade da relação com a República Islâmica do Irã e o alto apreço da Frente por suas posições firmes em apoio à Palestina.

Mazhar elogiou o papel histórico e central da República Islâmica e de seus líderes, por seu constante apoio à causa palestina, seguindo os ensinamentos do Imam Khomeini. Ele afirmou que o momento atual, sensível e complexo, exige uma posição unificada e coordenada mais do que nunca.

Ele ressaltou que, apesar de mais de 20 meses de guerra aberta e cerco total, o povo palestino permanece firme diante dos crimes de genocídio e limpeza étnica, sem ceder nem permitir que o inimigo imponha seus planos, especialmente o de deslocamento forçado. Mazhar enfatizou a necessidade de unir todos os esforços para pôr fim imediato à guerra, encerrar o bloqueio e intensificar a pressão política e diplomática em todas as arenas internacionais.

O vice-secretário-geral também destacou as políticas criminosas da ocupação contra o povo palestino, em especial a política de fome sistemática, usada como ferramenta explícita de pressão e chantagem política, com o objetivo de quebrar a resistência do povo e minar sua vontade livre.

Ele afirmou que, ao privar civis de alimentos e medicamentos e atacar a infraestrutura de saúde e a economia, o ocupante tenta impor fatos consumados à força — esforços que fracassarão diante da consciência e determinação do povo palestino de continuar sua luta até alcançar liberdade, retorno e autodeterminação.

Ao final de sua fala, Mazhar convocou à mobilização de todas as capacidades políticas, diplomáticas e populares nos níveis árabe, islâmico e internacional para interromper a guerra genocida em Gaza. Ele declarou que o dever moral, humano e político exige uma ação urgente e unificada para romper o cerco, deter a agressão e responsabilizar a ocupação por seus crimes contínuos contra o povo palestino.

Presidente iraniano: A Palestina é uma causa central e a defenderemos em todos os fóruns

Por sua parte, o presidente iraniano Dr. Bezhkian afirmou que a defesa do povo palestino oprimido é uma prioridade central e constante na política da República Islâmica — uma posição inalterável enraizada nos ensinamentos autênticos da Revolução Islâmica e nas orientações do Imam Khomeini e do Líder Supremo da Revolução Islâmica. Ele declarou:

“Essa fé inabalável é o que nos impulsiona a fazer todos os esforços para apoiar o povo palestino em todos os nossos encontros com líderes mundiais e em nossas participações nos fóruns internacionais.”

Bezhkian condenou os crimes contínuos cometidos pela entidade sionista e alertou que a ausência de unidade e coesão entre os países islâmicos é o que permite a continuidade dessas atrocidades. Ele apelou ao fortalecimento da proximidade e da coordenação entre os países islâmicos, para traçar uma visão e uma posição comuns sobre as questões regionais e internacionais, com destaque para a causa palestina.

O presidente iraniano responsabilizou os inimigos da nação islâmica pelas divisões e dispersão internas, resultado de conspirações destinadas a fomentar conflitos, saquear riquezas e criar um ambiente seguro para que a entidade sionista continue sua agressão — especialmente em Gaza, no Líbano e nos demais territórios ocupados.

Em sua fala final, o presidente iraniano saudou o camarada Ahmad Sa’adat, secretário-geral da FPLP, elogiando sua firmeza e luta. Ele expressou o desejo de que Sa’adat e todos os prisioneiros palestinos conquistem liberdade e segurança, e desejou constância e sucesso contínuos aos líderes da Frente e da resistência palestina.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 54 mártires e 305 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 54.982 e 126.920 feridos desde o 7 de outubro de 2023.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 4.701 mártires e 14.879 feridos.