Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 611
Forças de resistência palestinas condenam o sequestro do navio humanitário Madleen por Israel em águas internacionais e exigem a libertação imediata dos detidos e o fim do bloqueio criminoso imposto a Gaza.

Organizações da resistência palestina condenam sequestro do Madleen
Organizações palestinas emitiram fortes condenações ao ataque israelense contra o navio Madleen, uma embarcação humanitária que fazia parte da Flotilha da Liberdade.
Em suas declarações, elogiaram a coragem e o compromisso moral dos ativistas que foram presos pelas forças de ocupação israelenses por tentarem romper o bloqueio à Faixa de Gaza e entregar ajuda simbólica, apesar dos riscos envolvidos.
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) emitiu um comunicado condenando com veemência o sequestro do navio Madleen em águas internacionais, classificando-o como um ato de pirataria e terrorismo de Estado. Os ativistas a bordo, que participavam de uma missão humanitária pacífica, foram detidos à força. O Hamas exaltou o valor e a solidariedade desses voluntários internacionais, afirmando que Gaza não está sozinha e segue contando com o apoio da consciência global.
O comunicado destacou que a ação da Flotilha, assim como outras iniciativas de solidariedade vindas de países como Argélia, Tunísia e Jordânia, demonstram o fracasso da propaganda “israelense” e o fortalecimento do apoio internacional à causa palestina. O Hamas exigiu a libertação imediata dos ativistas sequestrados, cobrou ação da ONU e de organismos internacionais, e reafirmou que o bloqueio de Gaza é um crime que precisa ser enfrentado.
O Movimento da Jihad Islâmica na Palestina também condenou o ataque ao navio Madleen, classificando-o como pirataria internacional e sequestro, além de uma violação flagrante do direito internacional. A organização expressou total solidariedade aos ativistas detidos, exaltando sua coragem e motivação humanitária ao desafiar o que descreveu como um dos exércitos mais criminosos da história moderna. A declaração criticou o silêncio global diante do genocídio e da fome impostos a Gaza, responsabilizando “Israel” — juntamente com governos e instituições internacionais — pela segurança, libertação dos ativistas e pelo fim do bloqueio.
Os Comitês de Resistência na Palestina também repudiaram o sequestro do navio Madleen, que realizava uma missão humanitária em meio ao cerco e genocídio em Gaza. Denunciaram a brutalidade da entidade sionista e destacaram a cumplicidade dos Estados Unidos. Louvaram a coragem dos ativistas detidos e convocaram todos os povos livres do mundo a se levantarem contra a injustiça e a denunciarem os crimes contínuos em Gaza.
O Movimento Mujahidin Palestino responsabilizou Israel pela segurança da tripulação sequestrada, elogiando os ativistas por arriscarem suas vidas em nome de valores humanitários. Classificou o episódio como prova do caráter agressivo e criminoso do regime sionista, representando uma ameaça não apenas aos palestinos, mas à paz mundial e à consciência humana. O movimento apelou ao fim do silêncio internacional e à proteção imediata dos ativistas, incentivando a continuidade das manifestações de solidariedade, incluindo caravanas e protestos, como a próxima Caravana da Firmeza até a fronteira de Rafah, que busca romper o cerco a Gaza.
A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) classificou o sequestro do Madleen como um crime de guerra e um ato covarde de pirataria, responsabilizando totalmente a ocupação pela segurança dos ativistas. Enalteceu sua coragem em enfrentar o cerco e afirmou que repressões como essa não conseguirão silenciar as vozes da solidariedade global. A FPLP exigiu a libertação imediata dos detidos e convocou mobilizações em massa por meio de protestos, ações jurídicas e novas caravanas por terra e mar em direção a Gaza. Reforçou que o bloqueio contínuo é um crime contra a humanidade e que a crescente resistência internacional demonstra que a causa palestina permanece viva na consciência dos povos livres.
O Movimento Ahrar denunciou o sequestro do Madleen como um ato de pirataria nazista contra ativistas internacionais que representam a consciência da humanidade. Responsabilizou tanto a ocupação quanto o governo dos Estados Unidos pela segurança dos ativistas e exigiu sua libertação imediata. O grupo elogiou a coragem dos tripulantes e alertou que a entidade sionista é uma ameaça não apenas ao povo palestino, mas a todas as pessoas de consciência. O movimento pediu o lançamento de novas embarcações de solidariedade e cobrou das organizações de direitos humanos que condenem o ataque e cumpram seu dever no enfrentamento aos crimes de guerra.
O Hezbollah condenou o sequestro do navio Madleen como um ato flagrante de pirataria e uma violação do direito internacional e humanitário. A organização denunciou a detenção dos ativistas internacionais e a obstrução deliberada da ajuda humanitária destinada a Gaza, classificando o episódio como mais uma evidência da falência moral e política da ocupação. Manifestou solidariedade plena aos que estavam a bordo e convocou a comunidade internacional e as instituições de direitos humanos a agirem com urgência para libertar os detidos, responsabilizar a ocupação e garantir a entrada de ajuda humanitária em Gaza.
A Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP) também condenou a interceptação do navio Madleen, caracterizando-a como uma transição do genocídio em terra para a pirataria no mar. O grupo denunciou o sequestro dos ativistas e exigiu sua libertação imediata, bem como a liberação do navio e de sua carga humanitária. A FDLP apelou à comunidade internacional e a todos os defensores da liberdade que rejeitem esse crime e apoiem o lançamento de novas embarcações da Flotilha da Liberdade até que o bloqueio contra Gaza seja completamente rompido.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 95 mártires e 304 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 54.772 e 125.834 feridos desde o 7 de outubro de 2023.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 4.497 mártires e 13.793 feridos.