Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 598

O anúncio da abertura de “centros de distribuição de ajuda humanitária” em Gaza, sob supervisão direta da ocupação e com financiamento dos Estados Unidos, são armadilhas mortais e meios de detenção de políticas racistas.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 598

FPLP: Israel e EUA usam ajuda como instrumento de limpeza étnica

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) afirma que o anúncio da ocupação sobre a abertura de “centros de distribuição de ajuda humanitária” em diferentes áreas da Faixa de Gaza, sob supervisão direta da ocupação sionista e com financiamento e patrocínio dos Estados Unidos, são armadilhas de morte em massa e meios de detenção e consolidação de políticas racistas, promovidos sob o pretexto de “ajuda humanitária”. Na realidade, são usados como parte da guerra de extermínio e do holocausto sionista ao qual nosso povo está sendo submetido, especialmente diante do cerco contínuo e da eliminação sistemática de civis, com destaque para crianças, mulheres e idosos. Esses centros também são uma ferramenta dos planos de deslocamento forçado promovidos pela ocupação.

A Frente considera que esses centros fazem parte de um sistema político-militar integrado, cujo objetivo é esvaziar a Faixa de Gaza de seus habitantes, separando-os de suas casas, acampamentos e cidades, por meio de pressão humanitária direta e pela negação da entrada de ajuda em suas áreas de residência. Isso os obriga a se dirigirem a pontos específicos, totalmente controlados e monitorados pela ocupação, transformando essas áreas em portais de deslocamento forçado e detenção, numa tentativa de replicar os campos de concentração nazistas, que Netanyahu tenta reconstituir com métodos “suaves”.

A Frente Popular alerta nosso povo sobre o perigo de cair nessas armadilhas disfarçadas e convoca as massas palestinas a tomarem extrema precaução e não se deixarem enganar por falsos slogans “humanitários” emitidos por assassinos e seus apoiadores.

A Frente também convoca as instituições internacionais e de direitos humanos a conduzirem uma investigação imediata sobre os objetivos e o papel desses centros, a pôr fim à cumplicidade silenciosa com os crimes da ocupação, a expor essa nova ferramenta da guerra suja contra nosso povo, e a reafirmar que a alternativa legítima a esses centros são as instituições da ONU que operam na Faixa de Gaza, especialmente a UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina), que possui capacidade humana, logística, eficácia e legitimidade para assumir essa tarefa.

A luta do nosso povo por dignidade e liberdade não se resume a um pedaço de pão, nem se resume a pontos de distribuição controlados pelo ocupante.

Reiteramos que a dignidade nacional está acima de qualquer consideração, e que nosso povo não se submeterá nem será arrastado aos planos da ocupação de reconfigurar a realidade territorial e demográfica sob o disfarce de “ajuda”.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 79 mártires e 211 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 3.747 mártires e 10.552 feridos.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 53.901 e 122.593 feridos desde o 7 de outubro de 2023.