Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 596
Um ataque de drone matou seis integrantes de uma equipe encarregada da proteção de comboios de ajuda humanitária em pleno centro de Gaza. O bombardeio atingiu apenas civis desarmados em missões humanitárias.

Israel bombardeia equipe humanitária em Gaza
Em mais um episódio que desbanca as alegações de “autodefesa” feitas pela ocupação israelense, um ataque de drone matou, na última sexta-feira, seis integrantes de uma equipe encarregada da proteção de comboios de ajuda humanitária em pleno centro da Faixa de Gaza. O bombardeio, ocorrido em Deir al-Balah, atingiu civis desarmados que, segundo autoridades locais, estavam empenhados exclusivamente em missões humanitárias.
A versão oficial israelense, divulgada por meio do jornal The Times of Israel, afirma que o alvo seriam “operativos armados do Hamas” próximos a caminhões de ajuda. No entanto, testemunhas locais e o Escritório de Mídia do Governo de Gaza denunciam que se tratava de um grupo de seguranças civis responsáveis por garantir o acesso seguro de suprimentos básicos a uma população devastada por meses de bombardeios, fome e deslocamento forçado.
As informações são corroboradas por agências independentes como Anadolu e Middle East Monitor, que confirmam que os mortos pertenciam a uma unidade de segurança humanitária – sem qualquer vínculo militar com o Hamas ou outras organizações armadas. “Eles estavam ali para proteger alimentos, não para empunhar armas”, declarou um representante do governo local.
A recorrência de ataques contra alvos civis e trabalhadores humanitários levanta questões graves sobre o respeito de Israel às leis internacionais de guerra. Desde o início da ofensiva em Gaza, diversas organizações de direitos humanos vêm alertando para a escalada de ações militares indiscriminadas, com impacto desproporcional sobre civis palestinos.
A tragédia em Deir al-Balah não é um caso isolado. Em abril, um bombardeio semelhante matou sete trabalhadores da ONG World Central Kitchen, também enquanto distribuíam alimentos. A repetição desses eventos indica que a negligência sistemática é parte de uma política deliberada de desestabilização da rede de assistência humanitária.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 79 mártires e 211 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 3.747 mártires e 10.552 feridos.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 53.901 e 122.593 feridos desde o 7 de outubro de 2023.