Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 588

A conferência da ONU, marcada para junho, buscará redigir um documento de ação prática, com compromissos obrigatórios e cronogramas definitivos para oficializar um Estado palestino independente “ao lado de Israel”.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 588
Reprodução: Getty Images.

Conferência da ONU avançará com a divisão da Palestina em “dois Estados”

Uma conferência da ONU sobre a ocupação israelense da Palestina, que deverá ocorrer em breve com apoio da França e da Arábia Saudita, servirá “como um ponto sem retorno” para a “solução de dois Estados”, segundo convites enviados a Estados-membros da ONU e revisados pelo jornal Israel Hayom.

“A conferência tem como objetivo servir como um ponto sem retorno, abrindo caminho para o fim da ocupação e promovendo um acordo permanente baseado na solução de dois Estados”, afirmam os convites, segundo relatos.

A conferência, marcada para junho, “culminará em um documento de ação prática, estabelecendo compromissos vinculativos e cronogramas definitivos” para a criação de um Estado palestino independente “ao lado de Israel”. Além disso, o Israel Hayom afirma que a iniciativa saudita-francesa “prevê sanções da ONU contra as partes que agirem em desacordo com o documento final da conferência”.

“O conflito continua sendo, em última instância, responsabilidade das partes envolvidas, mas os acontecimentos dos últimos anos provam que, sem uma firme determinação e envolvimento internacional para garantir avanços rumo ao fim do conflito, ele se agravará e a paz se tornará ainda mais distante”, diz o convite, encerrando-se supostamente com uma declaração de que é hora de “implementar, de uma vez por todas, a solução de dois Estados”.

Na sexta-feira, uma fonte diplomática francesa confirmou à AFP que a conferência será organizada pela Assembleia Geral da ONU (AGNU), sob presidência conjunta da França e da Arábia Saudita, e ocorrerá de 17 a 20 de junho.

“Digo com firmeza: o que o governo de Benjamin Netanyahu está fazendo atualmente é inaceitável”, declarou o presidente francês Emmanuel Macron na terça-feira, classificando como “vergonhosa” a limpeza étnica dos palestinos em Gaza patrocinada por países ocidentais.

Em abril, o presidente francês afirmou que Paris poderá reconhecer o Estado da Palestina em junho. Ele acrescentou que deseja organizar a conferência em Nova Iorque para incentivar o reconhecimento do Estado palestino, “mas também o reconhecimento de Israel por parte de países que ainda não o fizeram”.

Atualmente, cerca de 150 países reconhecem o Estado da Palestina, que possui status de observador na ONU, mas ainda não obteve a condição de membro pleno devido à falta de aprovação no Conselho de Segurança.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 109 mártires e 216 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 2.985 mártires e 8.173 feridos.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 53.119 e 120.214 feridos desde o 7 de outubro de 2023.