Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 587

Terríveis massacres foram cometidos na madrugada, especialmente no campo de refugiados de Jabalia e em Beit Lahia, que resultaram no martírio de um grande número de civis, incluindo crianças e mulheres.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 587

FPLP: EUA são responsáveis pelos massacres recentes

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) responsabiliza diretamente e integralmente o governo dos Estados Unidos — em especial o presidente Donald Trump — pelos massacres contínuos contra o nosso povo na Faixa de Gaza. O mais recente deles ocorreu na madrugada de hoje, com ataques brutais em diversas áreas do território, especialmente no campo de refugiados de Jabalia e em Beit Lahia, resultando no assassinato de um grande número de civis, incluindo mulheres e crianças, além de dezenas de feridos e desaparecidos sob os escombros das casas destruídas.

Esses novos massacres, perpetrados por aviões do inimigo sionista, são mais um capítulo da guerra de extermínio sistemática conduzida pela ocupação contra o nosso povo, com financiamento, armamento e respaldo político dos EUA, somados a um silêncio internacional, árabe e islâmico vergonhoso e suspeito — um silêncio que equivale à cumplicidade plena com o crime.

O que ocorreu na noite passada em Jabalia e Beit Lahia evoca os momentos mais horrendos dos massacres históricos sofridos por nosso povo — de Deir Yassin e Kafr Qasim a Sabra e Shatila — e agora em Gaza, que vem sendo bombardeada, cercada, levada à fome e massacrada há mais de 19 meses. Trata-se de um crime de limpeza étnica em todos os seus aspectos, do qual a ocupação se vangloria publicamente, sob os olhos do mundo, sustentada pela aliança com as potências imperialistas, sobretudo os Estados Unidos.

As Nações Unidas, se ainda pretendem preservar qualquer traço de legitimidade e sentido ético, devem agir imediatamente e de forma contundente para impor proteção internacional ao nosso povo e intervir com urgência para deter os massacres e os crimes de genocídio — como ocorreu em outros contextos, como Sarajevo, Ruanda e tantos outros. Nosso povo está sendo massacrado, sitiado e levado à fome, enquanto o inimigo sionista ignora completamente todas as declarações de “pesar”, “profunda preocupação” e discursos vazios de lamentação.

A Frente conclama as massas populares da Cisjordânia, dos territórios ocupados de 1948 e da diáspora palestina a intensificarem a revolta popular e ampliarem o enfrentamento direto com o inimigo em todas as frentes. Também convoca os povos livres e as forças de solidariedade internacional a se mobilizarem com urgência para romper o muro do silêncio, denunciar os crimes da ocupação e de seus apoiadores, e impor o isolamento e a responsabilização do regime sionista.

A continuidade desse massacre significa que o barril de pólvora vai explodir, e as chamas não ficarão restritas a Gaza — se espalharão por toda a região e pelo mundo. O inimigo sionista e seus aliados devem estar preparados para arcar com as consequências da catástrofe que estão provocando com as próprias mãos..

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 46 mártires e 73 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 2.780 mártires e 7.680 feridos.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 52.908 e 119.721 feridos desde o 7 de outubro de 2023.