Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 583

Qassem iniciou sua fala condenando a contínua agressão israelense na Síria e em Gaza. Ele descreveu a situação em Gaza como um cenário de graves danos à população civil em campos de refugiados, incluindo crianças, mulheres e homens.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 583

Hezbollah condena ofensiva israelense em Gaza e na Síria

Em um discurso realizado hoje, o xeque Naim Qassem, vice-secretário-geral do Hezbollah, reafirmou a posição do grupo sobre os conflitos regionais e reiterou sua postura em defesa da soberania libanesa, dos direitos dos palestinos e da oposição às ações militares de Israel.

Qassem iniciou sua fala condenando a contínua agressão israelense na Síria e em Gaza. Ele descreveu a situação em Gaza como um cenário de graves danos à população civil em campos de refugiados, incluindo crianças, mulheres e homens. O sofrimento humano na região está ligado a dinâmicas geopolíticas mais amplas, com a causa palestina no centro dos movimentos de resistência da região.

Apesar do apoio internacional ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, os esforços para negar aos palestinos seus direitos e terras não terão sucesso. Ele atribuiu à resistência o impedimento de uma expansão territorial israelense no Líbano, mencionando os episódios desde 1982. As ações do Hezbollah nas últimas décadas serviram como um fator de dissuasão contra planos de anexação por parte de Israel, bem como contra a imposição de acordos desfavoráveis ao Estado libanês.

Descrevendo a resistência como uma “opção defensiva” e uma “visão política”, Qassem declarou que o movimento permanece comprometido com a recusa à rendição ou à acomodação frente às políticas israelenses. “Nós defendemos a lógica da justiça”, afirmou, em contraste com a postura de submissão e aceitação de pressões externas.

O discurso também abordou atividades militares recentes de Israel no sul do Líbano, especificamente nas regiões de Nabatieh e Iqlim al-Tuffah, classificadas por Qassem como provocações. Lembra o fato de Israel ter violado o acordo de cessar-fogo com o Líbano mais de 3.000 vezes e que essas ações não conseguirão enfraquecer a determinação do Hezbollah.

Ainda, Qassem alertou contra qualquer organização política que colabore com Israel. Destacou três prioridades para o país: a interrupção das agressões israelenses e a libertação de prisioneiros; a reconstrução das áreas afetadas, que classificou como um dever do governo; e o enfrentamento dos desafios econômicos e sociais, com destaque para a devolução dos depósitos bancários.

Qassem encerrou seu pronunciamento com mensagens de solidariedade a aliados regionais. Parabenizou o Iêmen por sua vitória sobre os Estados Unidos e elogiou a República Islâmica do Irã por seu apoio contínuo às causas da região, especialmente à do povo palestina.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 33 mártires e 94 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 2.749 mártires e 7.607 feridos.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 52.862 e 119.648 feridos desde o 7 de outubro de 2023.