Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 577
A ocupação e os EUA intensificaram a ofensiva brutal no Iêmen, bombardeando aeroportos, portos e bairros civis em suposta retaliação ao ataque das Forças Armadas Iemenitas ao Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv.

Ofensiva israelense contra Gaza e o Iêmen
Em uma escalada brutal da sua ofensiva militar, a ocupação israelense, com o respaldo direto dos Estados Unidos, lançou nas últimas 48 horas uma série de ataques aéreos coordenados que devastaram áreas civis e infraestrutura vital no Iêmen, um dos países mais pobres do mundo árabe. A ação foi uma retaliação ao ataque do movimento Ansarallah contra o aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, no domingo.
Os ataques ocorrem no momento em que o Chefe do Estado-Maior das forças de ocupação, Gen. Eyal Zamir e o chefe do Shin Bet, Ronen Bar, deram aprovação tática final para os planos de expandir significativamente a incursão terrestre na Faixa de Gaza.
Pelo menos 56 civis ficaram feridos e uma pessoa foi morta apenas em Hodeidah, onde 70% do porto — essencial para a entrada de alimentos e ajuda humanitária — foi destruído por cerca de 20 jatos israelenses que despejaram 50 bombas. O bombardeio também atingiu bairros residenciais como Al-Salakhanah e Al-Hawak, e uma fábrica de concreto em Bajil, apontada por Israel como infraestrutura militar.
Na manhã de terça-feira (6), aviões israelenses atingiram o aeroporto internacional de Sanaa, a única via aérea de saída do país, alegando que era usado para “transferência de armas e operativos” — embora o local seja rigidamente controlado por restrições da ONU e da coalizão liderada pela Arábia Saudita. Além do aeroporto, três estações de energia foram bombardeadas, deixando vastas áreas da capital sem fornecimento de eletricidade.
Segundo a imprensa israelense, os bombardeios foram coordenados diretamente entre Tel Aviv e Washington, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu supervisionando a operação pessoalmente do Ministério da Defesa. A Channel 12 relatou que “os Estados Unidos bombardearam Sanaa e Israel bombardeou Hodeidah”, reforçando a participação direta da máquina de guerra norte-americana.
Desde março, os EUA têm conduzido a chamada “Operação Rough Rider”, com mais de 1.000 alvos atingidos em território iemenita, sob ordens do presidente Donald Trump de aplicar “força letal esmagadora”. A operação, no entanto, tem fracassado em conter os ataques das Forças Armadas do Iêmen, que prometem continuar suas ações até que Israel encerre o cerco genocida à Faixa de Gaza.
Embora a ocupação sionista insista que os alvos em Hodeidah e Sanaa são de natureza militar, organizações locais e observadores independentes denunciam que a maioria dos locais atingidos têm natureza exclusivamente civil. O aeroporto de Sanaa é utilizado apenas pela Yemenia Airlines e monitorado internacionalmente, e o porto de Hodeidah responde por 80% das importações de alimentos do país — qualquer paralisação tem impacto imediato sobre milhões de iemenitas.
“O que Israel está fazendo no Iêmen é mais do que represália — é terrorismo de Estado com apoio estrangeiro”, disse Nasruddin Amer, chefe de mídia do Ansarallah. Ele e outros líderes prometeram “respostas inimagináveis” contra os novos ataques, destacando que a ofensiva só reforça a solidariedade iemenita à causa palestina.
As ações israelenses contra o Iêmen ocorrem em meio à paralisia da comunidade internacional, que continua a ignorar os alertas de agravamento de uma crise humanitária em larga escala. Desde julho de 2024, já foram seis campanhas de bombardeio israelense contra o Iêmen — nenhuma das quais conseguiu cessar as ações das Forças Armadas do Iêmen ou enfraquecer o apoio iemenita à Palestina.
“O mundo está assistindo à destruição de um país inteiro sob justificativas frágeis e estratégias falidas”, afirmou Muhammad al-Bukhaiti, do Conselho Político Supremo do Iêmen. “O que está acontecendo não é autodefesa — é colonização, é impunidade.”
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 32 mártires e 119 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 2.459 mártires e 6.569 feridos.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 52.567 e 118.610 feridos desde o 7 de outubro de 2023.