Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 571
Desde a assinatura do cessar-fogo com Israel e a formação do atual governo do Libano, o Hezbollah tem demonstrado disposição em deixar a região fronteiriça com a ocupação para que o exército libanês assuma as posições.

Reorganização de forças na fronteira com o Líbano
Já foram desmontadas mais de 90% da infraestrutura militar do Hezbollah ao sul do rio Litani desde a implementação de um cessar-fogo unilateral em novembro passado,disseuma fonte das forças armadas libanesas à AFP em 30 de abril.
“Concluímos o desmantelamento de mais de 90% da infraestrutura na área ao sul do rio Litani. É provável que existam locais dos quais não temos conhecimento, mas, se os descobrirmos, tomaremos as medidas necessárias”, teria dito a fonte.
O relatório da AFP foi divulgado poucas horas após o presidente libanês Joseph Aoun se reunir com a embaixadora dos EUA Lisa Johnson e com o general do Exército dos EUA Jasper Jeffers, além do general Michael J. Leeney, que deve substituir Jeffers no comando do Comando Central de Operações Especiais, responsável por supervisionar o cessar-fogo mediado pelos EUA entre Israel e o Hezbollah.
Segundo a Embaixada dos EUA no Líbano, Leeney irá “trabalhar de perto com as forças armadas libanesas, a UNIFIL, a França e o Comitê Técnico Militar para o Líbano a fim de permitir que as forças armadas libanesas forneçam segurança e salvaguardem plenamente a soberania libanesa”.
Em entrevista televisionada à Sky News na quarta-feira, Aoun destacou seu compromisso com o desarmamento da resistência libanesa e de grupos armados dentro dos campos de refugiados palestinos.
“O mais importante é a entrega das armas pesadas e médias, que é o fundamental. Quanto às armas leves, faz parte da cultura libanesa tê-las, então é difícil recolher todas essas armas leves. No entanto, também devemos nos concentrar nas armas em mãos dos palestinos, não apenas dos libaneses e do Hezbollah”, disse Aoun.
Desde a assinatura do cessar-fogo com Israel e a formação do atual governo libanês, o Hezbollah tem demonstrado disposição em permitir que as forças armadas libanesas assumam o controle da região fronteiriça com Israel e tem instado repetidamente Beirute a defender a soberania do Líbano.
“A primeira prioridade é deter a agressão israelense, garantir a retirada do sul do Líbano e assegurar a libertação dos cativos. A segunda prioridade é a reconstrução, e o governo tem atrasado muito a reconstrução — isso é nosso dever”, disse o secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, em discurso na segunda-feira.
“O Estado não pode querer tudo sem fazer nada. Eu digo a eles: ‘Fortaleçam-se intensificando suas comunicações’”, afirmou o líder da resistência, destacando que autoridades em Beirute estão dizendo a enviados estrangeiros que “estão dispostos a restringir as armas, enquanto o outro lado não cumpriu suas obrigações”.
“Israel busca dominar o Líbano, estabelecer assentamentos, impor o reassentamento e enfraquecer o país — e os EUA também”, enfatizou Qassem.
Washington tem exercido intensa pressão sobre o Líbano para desarmar o Hezbollah, chegando ao ponto de impor um “veto não declarado” aos países do Golfo que ofereceram apoio financeiro para a reconstrução do país até que os objetivos de Israel sejam alcançados.
“A questão das armas é um assunto interno, e estamos preparados para discutir o tema como parte de uma estratégia defensiva para garantir a segurança do Líbano. É uma questão libanesa e não diz respeito a nenhum fator externo”, disse o dirigente do Hezbollah Ihab Hamadeh no início deste mês.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 51 mártires e 113 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 2.273 mártires e 5.864 feridos.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 52.365 e 117.905 feridos desde o 7 de outubro de 2023.