Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 567
O mártir Raed Nazzal empunhou armas da resistência e da pátria, vivendo sob o lema: “Não serei escravo das circunstâncias, nem aceitarei publicamente esta posição humilhante, pois só viverei uma vez e a viverei com honra.”

FPLP: Aniversário do martírio do camarada Raed Nazzal
O dia de hoje marca o aniversário do martírio de Raed Nazzal, um dos líderes das Brigadas Mártir Abu Ali Mustafa em Qalqilya, no ano de 2002, após uma batalha heroica contra as forças de ocupação que invadiram o local onde ele se encontrava, vindo a cair após enfrentá-los com bravura.
Raed. Essa palavra grandiosa, que nosso mártir herói não carregava apenas como nome, mas incorporava em sua luta e vida social. Se buscássemos um nome para ele, não encontraríamos outro além de “Raed” (que significa “pioneiro”), pois em sua vida social ele era um exemplo de calor, ternura, espírito de cooperação, solidariedade e defesa dos oprimidos, cuidando das causas ao seu redor mais do que de si mesmo.
No campo de batalha, encarnou uma lenda de pertencimento e resistência contínua desde muito jovem: dos 13 anos até o dia de seu martírio, nunca se afastou do lema da luta constante, em palavras e ações. Na prisão e depois da libertação, sempre empunhou a arma da resistência e da construção interna, vivendo seu famoso lema:
“Não serei escravo das circunstâncias, nem aceitarei publicamente esta posição humilhante, pois só viverei uma vez e a viverei com honra.”
Raed Musa Ibrahim Nazzal – Madi, nasceu em 1º de junho de 1969. Era casado com a militante e advogada Fátima Muhammad Danna e tinha um filho a quem chamou de Asir (que significa “prisioneiro”), em homenagem à causa dos prisioneiros, à qual sempre foi profundamente ligado.
O mártir Nazzal era estudante universitário no primeiro ano da Universidade Aberta de Jerusalém e trabalhava na criação de gado e produção de laticínios. Era membro do comitê regional da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) na Cisjordânia ocupada, comandante das Brigadas Mártir Abu Ali Mustafa na província de Qalqilya e oficial das Forças de Segurança Nacional da Palestina com o posto de major (ra’id) e o posto de tenente-coronel nas brigadas.
Nazzal foi preso pela primeira vez aos 13 anos, por 25 dias. Aos 14 anos, foi novamente preso por 13 meses.
Aos 15 anos, foi condenado a 5 anos de prisão devido à sua filiação à Frente Popular e por lançar coquetéis molotov e incendiar carros de colaboradores. Meio ano antes de terminar sua pena, executou um colaborador dentro da prisão de Jenin, sendo sentenciado novamente à prisão perpétua.
Ele foi libertado em 9 de setembro de 1999 através de um acordo de troca de prisioneiros e retomou imediatamente sua trajetória de luta. Foi eleito líder da região de Qalqilya, participou ativamente do 6º Congresso Nacional da FPLP, sendo eleito para o Comitê Central Regional. Além de seu trabalho nas brigadas, também fundou uma trupe artística de teatro e canto, esforçou-se para construir o comitê de mulheres e ajudou na publicação de materiais dos companheiros da luta dos prisioneiros.
Ele foi martirizado em 26 de abril de 2002, após uma batalha heroica contra as forças de ocupação sionistas, que invadiram mais de 10 locais à procura dele e seus companheiros perseguidos. Quando o cerco se fechou sobre o grupo, o mártir ordenou a seus companheiros que se retirassem e enfrentou o inimigo sozinho por duas horas para cobrir a retirada. Os soldados só conseguiram abatê-lo usando projéteis disparados à distância, transformando seu corpo gigante numa lenda de sacrifício, resistência e lealdade.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 84 mártires e 168 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 2.062 mártires e 5.375 feridos.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 51.439 e 117.416 feridos desde o 7 de outubro de 2023.