Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 557

A causa dos prisioneiros sempre foi e continuará sendo central na luta de libertação nacional palestina. Longe de ser uma questão pontual, a frente prisional é símbolo da unidade e resistência do povo palestino.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 557

FPLP: Prisioneiros estão no coração da luta palestina

Neste ano, o Dia do Prisioneiro Palestino chega em um dos momentos mais sangrentos e brutais da nossa história, em meio a uma guerra de extermínio contínua promovida pela ocupação sionista, que visa eliminar o povo palestino onde quer que ele esteja — em Gaza, na Cisjordânia, em Jerusalém, e também nas celas das prisões. Nesses espaços, o movimento dos prisioneiros está na linha de frente da resistência, dentro das trincheiras de firmeza e dignidade, pagando um preço altíssimo em defesa da terra, dos direitos, da liberdade e da honra.

Neste dia nacional de luta, prestamos, com orgulho e reverência, homenagem às heroínas e heróis encarcerados, que enfrentam constantemente as políticas fascistas da ocupação, incluindo tortura sistemática, negligência médica letal, fome, humilhação e negação de direitos humanos — um cenário que se conecta diretamente às políticas de genocídio que atingem todas as partes do nosso povo, especialmente na heroica e resistente Gaza, e na altiva e desafiadora Cisjordânia.

Prestamos também nosso mais profundo respeito aos mártires do movimento dos prisioneiros, especialmente ao líder mártir Walid Daqqa, que morreu em decorrência da política deliberada de negligência médica, permanecendo como um símbolo vivo de sacrifício e resistência frente à opressão sionista.

Saudamos os líderes encarcerados, em especial o camarada secretário-geral Ahmad Sa'adat, um ícone de firmeza e resistência, junto a seus companheiros do ramo da FPLP nas prisões: Ahed Abu Ghoulmeh, Kamil Abu Hanish, Walid Hanatsheh, Samer Al-Arbeed, Zahir Al-Shashtari e outros. Saudamos também os líderes nacionais Marwan Barghouti, Hassan Salameh, Bassam Al-Saadi, Wajdi Joudeh, Bassem Al-Khandaqji, entre muitos outros prisioneiros. Expressamos nosso orgulho por nossas prisioneiras, jovens detidos, prisioneiros de Jerusalém, de dentro da Palestina histórica e prisioneiros árabes.

O que acontece com os prisioneiros — em especial os de Gaza — constitui um crime de guerra completo. Dezenas foram executados, centenas têm paradeiro desconhecido, diante de uma hedionda política de desaparecimento forçado, que desde 7 de outubro de 2023 tem atingido mulheres, crianças e doentes. O governo de ocupação, fascista e racista, liderado por criminosos de guerra como Ben Gvir, institucionalizou um sistema de tortura e abuso sistemático, baseado na incitação pública ao assassinato de prisioneiros e na revogação de conquistas históricas obtidas com sangue e greves de fome.

Atualmente, mais de 9.900 prisioneiros e prisioneiras estão detidos, incluindo 29 mulheres, cerca de 400 crianças e mais de 3.498 presos administrativos, em condições desumanas, que envergonham o mundo silencioso.

A causa dos prisioneiros sempre foi e continuará sendo central na nossa luta de libertação — não uma questão sazonal, mas símbolo da unidade e resistência do nosso povo. Por isso, a Frente Popular para a Libertação da Palestina reafirma neste dia o seguinte:

Renovamos nosso compromisso com nossos valorosos prisioneiros e prisioneiras, exigindo que sua causa esteja na linha de frente da ação nacional, institucional e popular. A resistência se compromete a romper as correntes do cativeiro e trabalhar com seriedade pela libertação de todos, sem exceção.

Reivindicamos a formulação de uma estratégia nacional abrangente para a causa dos prisioneiros, que a tire da abordagem sazonal e a transforme em uma luta diária e integrada, com participação ampla.

Rejeitamos veementemente qualquer violação aos direitos e subsídios dos prisioneiros, e exigimos o fim imediato de todas as medidas punitivas contra eles e suas famílias, além da promulgação de leis que garantam seus direitos e uma vida digna.

Convocamos a comunidade internacional e seus órgãos de direitos humanos, especialmente o Tribunal Penal Internacional, a sair de sua paralisia e cumplicidade vergonhosas, para agir com urgência e responsabilizar a ocupação por seus crimes contra os prisioneiros, impondo sanções que ponham fim a essas violações fascistas.

Valorizamos os esforços das organizações de direitos humanos, redes internacionais, sindicatos e movimentos populares que apoiam a causa dos prisioneiros. Conclamamos a intensificar as campanhas de pressão e boicote à ocupação e a continuar com as ações internacionais em apoio aos direitos dos prisioneiros, incluindo processos jurídicos contra os crimes cometidos contra o movimento de prisioneiros. Nesse contexto, pedimos o envio urgente de delegações internacionais permanentes para revelar o destino de milhares de prisioneiros de Gaza desaparecidos, detidos em campos e centros secretos, submetidos a torturas brutais nos porões da ocupação — especialmente no campo militar de Sde Teiman — o que configura crime de guerra e exige ação imediata, principalmente por parte do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que tem fugido de suas responsabilidades.

Por fim, afirmamos que a causa dos prisioneiros é uma luta contínua até a libertação completa. A vitória não será plena sem a libertação do último prisioneiro, o retorno do último refugiado e o fim dessa ocupação supremacista e genocida.

Glória aos mártires. Liberdade aos prisioneiros. Vitória à resistência e ao grandioso povo palestino.

 

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 25 mártires e 89 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 1.652 mártires e 4.391 feridos.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 51.025 e 116.432 feridos desde o 7 de outubro de 2023.