Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 549
Os Estados Unidos sinalizaram que planejam intensificar sua violenta campanha de bombardeios aéreos no Iêmen, que já matou dezenas de pessoas desde o mês passado, incluindo mulheres e crianças.

EUA intensificam campanha aérea letal no Iêmen
Os Estados Unidos sinalizaram no dia 7 de abril que planejam intensificar sua violenta campanha de bombardeios aéreos no Iêmen, que já matou dezenas de pessoas desde o mês passado, incluindo mulheres e crianças.
“Tem sido três semanas ruins para os houthis, e vai piorar ainda mais”, declarou o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, na segunda-feira, no Salão Oval, enquanto estava ao lado do presidente Donald Trump e do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
“Tem sido uma campanha devastadora, seja contra instalações subterrâneas, fábricas de armas, bunkers, tropas ao ar livre ou ativos de defesa – não vamos recuar, e só vamos ser mais implacáveis até que os houthis declarem que vão parar de atirar nos nossos navios”, acrescentou Hegseth.
Após as reuniões com Netanyahu e o secretário de Defesa, Trump afirmou: “Causamos um grande estrago aos houthis, algo que ninguém conseguiu fazer antes.”
“Os atingimos com força. Noite após noite, e pegamos muitos de seus líderes e especialistas. Eles são especialistas em mísseis. Quero dizer, eles realmente fabricam mísseis. Ninguém pensava nisso, mas eles fabricam. É algo altamente sofisticado”, continuou o presidente.
Há anos se sabe que o movimento Ansarallah – integrado às Forças Armadas do Iêmen – produz localmente seus próprios mísseis e drones.
Os bombardeios dos EUA no Iêmen começaram sob o governo do ex-presidente Joe Biden em janeiro de 2024, no auge da campanha naval pró-Palestina das forças iemenitas contra embarcações ligadas a Israel. A ofensiva foi retomada com maior intensidade sob o governo Trump, após a promessa de Sanaa de restabelecer o bloqueio naval contra Israel.
O Iêmen também retomou ataques com mísseis e drones contra Israel após a renovação da guerra em Gaza, e continua a responder aos ataques de Washington com operações contra navios de guerra dos EUA no Mar Vermelho – incluindo o porta-aviões USS Harry S. Truman.
Na noite de segunda-feira, caças dos EUA bombardearam a região de Hodeidah, no oeste do Iêmen. No dia anterior, ao menos quatro pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas após um ataque norte-americano contra uma residência na capital, Sanaa.
Desde meados de março, mais de 70 pessoas morreram e mais de 140 ficaram feridas nos ataques dos EUA.
No dia 5 de abril, Trump publicou um vídeo em sua conta no Twitter mostrando um ataque americano contra o que ele alegou ser “houthis reunidos para instruções de ataque”.
Autoridades iemenitas revelaram que os alvos eram, na verdade, líderes tribais reunidos para celebrar o feriado de Eid al-Fitr.
A guerra mortal dos EUA contra o Iêmen – que agravou uma já severa crise humanitária – já custou quase US$ 1 bilhão, mas, segundo fontes ouvidas pela CNN e pelo New York Times nos últimos dias, não conseguiu causar impacto significativo sobre o Ansarallah e as Forças Armadas iemenitas.
Enquanto isso, as operações com mísseis e drones por parte do Iêmen continuam a atingir navios de guerra dos EUA no Mar Vermelho, e as forças iemenitas ainda conseguem derrubar drones norte-americanos.
Embora autoridades dos EUA, incluindo Trump, tenham afirmado que os ataques foram eficazes e atingiram infraestrutura de comando e figuras importantes do Ansarallah, Washington não especificou nomes de nenhum líder do movimento ou das forças iemenitas que teria sido atingido. Sanaa também não confirmou se alguma de suas principais lideranças foi morta.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 58 mártires e 213 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 1.449 mártires e 3.647 feridos.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 50.810 e 115.688 feridos desde o 7 de outubro de 2023.