Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 540

O Dia da Terra é um compromisso e uma promessa. É uma mensagem clara à ocupação de que o povo palestino permanecerá, como as oliveiras da Galileia, as rochas do Carmelo, as laranjas de Jafa e o mar de Gaza.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 540

FPLP: Declaração do Dia da Terra

Declaração do Bureau Político da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) por ocasião do Dia da Terra Imortal 

No aniversário do Dia da Terra, afirmamos que esta terra é palestina, não está à venda e não renunciaremos a ela, não importa quanto tempo passe. 

No dia 30 de março, recordamos com orgulho e honra a epopeia do Dia da Terra Imortal, quando nosso povo no Naqab, no Triângulo, na Galileia e em outras áreas da Palestina ocupada em 1948 se levantou em suas terras ancestrais e enfrentou, com seus peitos nus, a máquina de opressão sionista, em defesa da terra, da dignidade e da existência. Com seu sangue, traçaram os contornos da identidade palestina e reafirmaram que a terra continua palestina e que o direito permanece inabalável, independentemente dos desafios e da selvageria e criminalidade desse regime ocupante, que perpetra um dos piores genocídios da história moderna. 

Neste grande dia, saudamos as massas do nosso povo na pátria e na diáspora, especialmente aqueles que resistem no interior ocupado. Saudamos também nossos heroicos prisioneiros que resistem nas prisões do inimigo, bem como nossos mártires que traçaram com seu sangue o caminho da libertação e do retorno. Reafirmamos que nosso povo, que derrotou os planos de deslocamento, permanecerá firme em sua terra e não partirá, exceto para suas cidades e vilarejos dos quais foi expulso à força. 

Esta entidade criminosa intensificou seus massacres e sua política de destruição e limpeza étnica, ao mesmo tempo em que tenta roubar nossa terra e falsificar nossa história. No entanto, sempre se deparou com a rocha da vontade palestina inquebrantável, que se estende da Galileia ao Naqab, da Cisjordânia a Gaza, de Jerusalém à diáspora, onde ecoa sempre a mesma voz: esta terra não está à venda, e nunca renunciaremos a ela, não importa quanto tempo passe. 

E nós, na Frente Popular pela Libertação da Palestina, por ocasião desta memorável data, reafirmamos as seguintes verdades: 

Primeiro: A terra é a fonte de nossa existência e a essência de nossa identidade. Por ela, sacrificamos tudo que temos de mais valioso, pois ela é o cerne da nossa luta contra o ocupante. A resistência, em todas as suas formas, é um direito sagrado e legítimo para defender este direito eterno e histórico sobre nossa terra. Não recuaremos diante dos planos sionistas e ocidentais que visam liquidar nossa causa, deslocar nosso povo, apagar nossa identidade e alterar as características de nossa terra. Permaneceremos firmes com uma vontade inquebrantável para defender nossos direitos históricos, independentemente do custo. 

Segundo: A Palestina não está à venda. Nenhuma conspiração que vise deslocar nosso povo terá sucesso, seja através do plano de transformar Gaza em uma “Riviera do Oriente” após a expulsão dos palestinos, ou da tentativa de empurrar os habitantes da Cisjordânia para a Jordânia, entre outros esquemas criminosos e diabólicos. Dizemos ao inimigo americano-sionista: a Palestina, do rio ao mar, é passado, presente e futuro e sempre pertencerá ao povo palestino, o coração pulsante do Oriente, independentemente das conspirações e ameaças das administrações americana e sionista. 

Terceiro: Somente com a unidade nacional poderemos enfrentar os crimes de genocídio, os planos de deslocamento e erradicação, e resistir à ocupação. A luta contra este inimigo criminoso exige a unificação das fileiras, a superação das divergências e o avanço rumo a uma verdadeira unidade nacional que coloque os interesses da Palestina acima de qualquer outra consideração. Neste contexto, alertamos contra as tentativas do inimigo e seus aliados de exacerbar as divisões internas e aprofundar as fissuras no cenário palestino. Devemos compreender a gravidade do momento atual e agir juntos para enfrentar esses planos. 

Quarto: O que está acontecendo hoje em Gaza, com a retomada da guerra de extermínio, o endurecimento do cerco e a guerra de fome com cobertura americana, é uma continuação da política do criminoso de guerra Benjamin Netanyahu, que busca prolongar a agressão para manter a estabilidade de sua coalizão governamental à custa do sangue de inocentes. Diante dessa escalada e dos crimes brutais que ocorrem continuamente em Gaza, a resistência continuará a usar todas as opções disponíveis para deter a agressão e obrigar a ocupação a cumprir os acordos que violou. Esta é, antes de tudo, uma responsabilidade árabe, que exige que os países da região abandonem a inércia e tomem medidas concretas para deter a agressão e romper o cerco, utilizando todas as ferramentas de pressão disponíveis para parar essa guerra criminosa. 

Quinto: A Palestina continuará sendo a bússola da nação e dos livres do mundo na luta da justiça contra a opressão e a ocupação. Isso exige a intensificação da luta contra a normalização, a ampliação de todas as formas de boicote à ocupação e o aumento da pressão para deter a agressão e responsabilizar os líderes da ocupação e seus apoiadores como criminosos de guerra. Diante da diminuição do engajamento popular, chegou a hora de revitalizar as mobilizações em praças, universidades e sindicatos, e retomar as grandes manifestações em todo o mundo em apoio ao nosso povo resistente ao genocídio. 

Sexto: Reiteramos nosso chamado ao nosso povo no interior ocupado para boicotar as instituições da ocupação que legitimam seus crimes, sua guerra de extermínio, seus planos expansionistas e suas leis racistas. O boicote é uma mensagem nacional decisiva contra o deslocamento, a erradicação, a judaização e a normalização, bem como contra as políticas de repressão e discriminação racial. Ele reafirma a identidade palestina e desmascara a farsa da ocupação como uma suposta “democracia”, quando na realidade trata-se de uma entidade colonial de assentamento, baseada em assassinatos, massacres e destruição, movida por ideologias messiânicas obscurantistas. 

Ao nosso povo, onde quer que esteja,

O Dia da Terra é um compromisso e uma promessa. É uma mensagem clara à ocupação de que permaneceremos aqui, como as oliveiras da Galileia, as rochas do Carmelo, as laranjas de Jafa e o mar de Gaza. Renovamos nosso compromisso com nosso povo, nossos mártires, nossas prisioneiras e prisioneiros, e seguimos firmes no caminho da resistência e da luta até que a Palestina seja livre, do rio ao mar. 

Viva a Palestina livre e árabe! Glória aos mártires! Liberdade para os prisioneiros! O retorno é um direito inalienável!

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 26 mártires e 70 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 921 mártires e 2.054 feridos.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 50.277 e 114.095 feridos desde o 7 de outubro de 2023.