Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 537

EUA posicionam bombardeiros furtivos B-2 e caças F-35 na base de Diego Garcia, no Oceano Índico. A base está próxima o suficiente para um ataque contra o Irã e o Iêmen, mas fora do alcance de mísseis balísticos iemenitas.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 537

EUA aumentam presença militar no Oceano Índico

O Pentágono aumentou suas forças próximas às águas do Iêmen e do Irã, posicionando vários bombardeiros furtivos B-2 e caças F-35 na base de Diego Garcia, no Oceano Índico. 

“Na última semana, dezenas de aviões de transporte pesado pousaram em bases na Arábia Saudita, Qatar, Jordânia, Kuwait e Diego Garcia – o que parece ser um aumento no ritmo usual de voos para a região”, informou o Haaretz em 27 de março, com base em imagens de satélite e análise de dados de voo. 

A análise dos dados transmitidos durante os voos indica que os aviões chegaram carregados. Pelo menos três aeronaves de transporte decolaram da Base Aérea de Whitman, nos EUA, que abriga os bombardeiros furtivos B-2. 

Cerca de sete aviões levaram equipamentos logísticos em preparação para a chegada dos bombardeiros a Diego Garcia, uma base estratégica no coração do Oceano Índico que já foi usada para lançar ataques no Afeganistão e no Iraque. 

A base está próxima o suficiente para um ataque massivo contra o Irã e o Iêmen, mas fora do alcance de drones e mísseis balísticos iemenitas. 

Ao mesmo tempo, pelo menos quatro bombardeiros B-2 foram registrados em deslocamento dos EUA para a ilha via Oceano Pacífico. 

Cerca de dez aviões de transporte adicionais partiram da Base Aérea de Hill, nos EUA, para Riad, na Arábia Saudita. Uma esquadra de caças F-35 opera na Base de Hill, e pelo menos oito de suas aeronaves chegaram do território norte-americano ao Reino Unido na semana passada, seguindo depois para um destino na Ásia Ocidental. 

Os deslocamentos ocorrem após uma grande campanha de bombardeios dos EUA contra o Iêmen nas últimas duas semanas e depois que o presidente Donald Trump emitiu um ultimato ao Irã para retomar negociações sobre seu programa nuclear. 

Em fevereiro, Israel alertou que uma “opção militar” poderia ser usada contra o Irã e que esperava o apoio do presidente norte-americano Donald Trump para aumentar a pressão sobre a República Islâmica. O Irã afirmou que não tem planos de desenvolver uma arma nuclear e que fazê-lo seria “anti-islâmico”. 

Em outubro do ano passado, bombardeiros B-2 participaram de ataques contra depósitos subterrâneos de armas no Iêmen. 

O grupo de ataque do porta-aviões USS Truman está atualmente no Mar Vermelho, ao largo da costa da Arábia Saudita, e suas aeronaves atacam frequentemente alvos no Iêmen. 

O Politico informou na semana passada que, em um “movimento raro e provocativo”, os EUA estão enviando um segundo porta-aviões para a Ásia Ocidental em meio à intensificação da campanha de bombardeios contra o Iêmen. 

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, também ordenou que o grupo de ataque do porta-aviões Truman – atualmente operando no Mar Vermelho – prolongasse sua missão por pelo menos mais um mês. 

Uma bateria do sistema de defesa antimísseis THAAD dos EUA está estacionada em Israel desde outubro do ano passado, complementando o sistema Arrow na interceptação de mísseis balísticos vindos do Iêmen e do Irã.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 62 mártires e 296 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 792 mártires e 1.663 feridos.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 50.144 e 113.704 feridos desde o 7 de outubro de 2023.