Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 535

No último final de semana, o jovem brasileiro-palestino Walid Khaled Abdullah Ahmed, de 17 anos, morreu na prisão israelense de Megiddo. Governo brasileiro é omisso diante da morte de brasileiros e do extermínio na Palestina.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 535
O jovem mártir Walid Khaled Abdullah Ahmed. Reprodução: Redes sociais

Brasileiro é martirizado em prisão da ocupação

No último final de semana, o jovem brasileiro-palestino Walid Khaled Abdullah Ahmed, de 17 anos, morreu na prisão israelense de Megiddo. O fato trouxe à tona novas discussões sobre as condições dos prisioneiros palestinos sob custódia israelense. Segundo informações apuradas pela imprensa, a principal hipótese para o falecimento é a negligência médica.

Walid, que possuía nacionalidade brasileira por ser filho de pai brasileiro, nasceu na Cisjordânia e foi preso em setembro de 2024, sob acusação de agressão a um soldado israelense. Ele é a quarta pessoa de família brasileira morta na região desde o início do conflito. Antes dele, foram registradas as mortes da bebê Fátima Abbas, de um ano e um mês, em outubro de 2024, e das crianças Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, e Myrna Raef Nasser, de 16 anos, em setembro do ano passado.

O caso tem repercussão internacional. O Itamaraty informou que está em contato com autoridades israelenses para buscar mais esclarecimentos e que a Embaixada Brasileira na Cisjordânia, localizada em Ramallah, acompanha a situação junto aos familiares do jovem.

A Sociedade dos Prisioneiros Palestinos denunciou a morte, destacando que Walid foi o 63º prisioneiro a morrer sob custódia israelense desde outubro de 2023, quando teve início a mais recente escalada do conflito na Faixa de Gaza.

Já passou da hora de o Brasil romper os laços diplomáticos e os acordos de cooperação com Israel. Essa é uma obrigação moral e jurídica do Estado brasileiro diante das reiteradas violações de direitos humanos perpetradas pela ocupação sionista. O silêncio do presidente Lula e a postura do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, são evidências da postura oficial de cumplicidade do Brasil não só diante do assassinato de brasileiros, mas do destino de todo povo palestino.

O caso de Walid levanta mais um alerta para a comunidade internacional sobre as condições dos reféns palestinos sob custódia da ocupação e as violações de direitos humanos sob cárcere no contexto do genocídio palestino. Enquanto familiares aguardam respostas, a morte do jovem se soma a uma estatística crescente que expõe a violência na região e a necessidade de um posicionamento mais ativo da diplomacia brasileira e de organismos internacionais sobre a situação dos prisioneiros palestinos.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 62 mártires e 296 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 792 mártires e 1.663 feridos.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 50.144 e 113.704 feridos desde o 7 de outubro de 2023.